Análise: Como as equipes buscaram ganhos de downforce na Hungria
Equipes estavam dispostas a pagar o preço por ter carros utilizando "downforce sujo" no fim de semana em Budapeste
Análise técnica de Giorgio Piola
Análise técnica de Giorgio Piola
Hungaroring é um lugar desafiador para pilotos e engenheiros, e é frequentemente descrito como "Mônaco sem paredes."
Na verdade, é um circuito de alto downforce, muito parecido com outros circuitos de rua, mas é muito mais como uma pista tradicional.
Para aumentar ainda mais as complicações, as temperaturas são geralmente altas e isso significa que os freios e a unidade de potência se tornam um fator crítico, resultando em eficiência aerodinâmica sendo sacrificada.
É uma pista em que a aderência extra compensa mais do que a eficiência linear - e é por isso que as equipes se concentram mais em encontrar o que é conhecido como "downforce sujo".
Aqui vemos como algumas equipes abordaram o desafio.
Atualizações da Williams
O FW41 da Williams ainda pode estar sem desempenho, mas a asa introduzida na última etapa, na Alemanha, pelo menos tornou o carro mais previsível para seus pilotos.
Ansiosos para avançar e adicionar um pouco mais de desempenho, a equipe chegou à Hungria com uma nova e grande asa em T (seta azul).
A asa apresentava duas superfícies horizontais principais em ambos os lados da cobertura do motor.
A parte inferior dessas duas superfícies ajuda a impulsionar o fluxo de ar que percorre na parte superior do sidepod e o ar quente saindo da saída de resfriamento ampliada que foi usada pela última vez no Bahrein (seta vermelha).
A superfície superior trabalha o fluxo de ar um pouco mais, ficando relativamente na mesma posição que a asa T normal, e possui uma fenda ao longo de seu comprimento.
A asa traseira também teve mudanças. O plano principal foi trocado por uma modelagem convencional, em vez da asa em forma de colher vista em outro lugar (seta verde).
Ganhos da Renault
A Red Bull normalmente tem que pensar sobre sua taxa de eficiência aerodinâmica mais do que as outras, dado seu déficit de potência para as equipes rivais.
Assim como em Mônaco, o RB14 foi equipado com uma asa traseira de alto downforce e complementado por uma asa em T (seta vermelha) e uma pequena (seta azul).
O papel que a pequena asa (monkey seat) pode desempenhar foi drasticamente reduzido pela FIA para 2018, reduzindo o impacto que dispositivos aerodinâmicos podem ter.
No entanto, a Red Bull, quando necessário, utiliza o apêndice aerodinâmico para superar quaisquer instabilidades que possam ocorrer ao operar uma asa traseira tão agressiva.
De olho em qualquer impulso direto em sua busca para vencer a Mercedes e a Ferrari, a Red Bull só opta por utilizar uma quando for absolutamente necessário.
Force India se mantém na luta
Com orçamento comprometido, a Force India recuou um pouco, especialmente quando comparado ao sucesso obtido nas duas últimas temporadas.
A falta de orçamento pode ter um impacto significativo na entrega de atualizações em pontos-chave da temporada e, portanto, ela teve que ser mais cautelosa em relação ao momento de trazer novas peças que ajudem no desempenho.
Com a eficiência aerodinâmica menos preocupante nos circuitos de alto-downforce, a equipe utilizou um par de asas T em Mônaco e na Hungria, enquanto que em outros lugares optou por usar apenas um único elemento (seta vermelha).
Ela também brincou com, mas nunca correu, uma pequena asa pendurado no pilar central da asa traseira sobre o escapamento (seta azul).
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