Análise: Conheça a história do motor mais bem-sucedido da F1
Em 1983, uma era vencedora para o motor de maior sucesso da Fórmula 1 chegou ao fim, quando Michele Alboreto venceu com a Tyrrell pelas ruas de Detroit
O Cosworth DFV é o motor que resistiu ao tempo na F1, pois ao longo de seus 17 anos, alimentou 12 pilotos e 10 construtores para ganhar campeonatos.
Ele abandonou o esporte em 1985, quando a F1 mudou para a era turbo, mas havia algo bastante curioso, que a última de suas 155 vitórias fosse na cidade de Detroit, que foi tão importante para o seu nascimento.
O Cosworth DFV chegou pela primeira vez como parte de um acordo "oficial" que Colin Chapman havia firmado da Lotus com a Ford, pois ambos procuravam maximizar as mudanças nos regulamentos que permitiria um motor de maior capacidade a partir de 1966.
O motor seria construído pela Cosworth, uma empresa à qual Mike Costin e Keith Duckworth haviam emprestado seus nomes e para os quais já haviam tido sucesso no desenvolvimento de motores Ford para categorias de acesso.
Após dois anos de desenvolvimento por Cosworth, o DFV, que foi projetado ao lado do Lotus 49, faria sua estreia sem alarde na terceira etapa do campeonato de 1967 em Zandvoort.
Lotus e Ford tiveram um sucesso incrível e imediato. Graham Hill conseguiu o recorde da pista para conquistar a pole position, com um tempo de volta mais de seis segundos mais rápido do que qualquer marca anterior.
O GP da Holanda foi a primeira vez que seu companheiro de equipe, Jim Clark, sentou-se ao volante do novo Lotus-Cosworth, e Hill tinha feito todos os testes.
No entanto, Hill abandonou quando estava na liderança da corrida com uma falha no motor. Enquanto isso, Clark, que começou a corrida no 8º lugar, passou pelo pelotão e conquistou a vitória por 27 segundos.
Denny Hulme e Brabham venceriam o campeonato de 1967 com o Repco V8, mas o DFV já havia provado seu valor.
A Ford decidiu, portanto, que seria melhor servir também outras equipes, em vez de apenas dar exclusividade à Lotus.
O Cosworth DFV não era apenas robusto, confiável e leve, mas também acessível, tornando a F1 acessível àqueles que, de outra forma, poderiam ter achado uma barreira cara para saltar.
Isso se tornou uma marca registrada do sucesso do motor, pois permitiu que as equipes menos financiadas lutassem contra o establishment.
O efeito de solo foi cortado sem cerimônia do esporte no momento em que o turbocompressor começava a ganhar mais atenção. Isso eliminaria efetivamente o poder de ponderar a vantagem que ele havia oferecido em relação aos motores no passado.
Algumas das equipes menos financiadas permaneceram conectadas com o DFV por vários anos, incapazes de se dar ao luxo de pular na onda turbinada.
A Tyrrell era uma dessas equipes, o último bastião para o DFV, pois a equipe permaneceu firme, apesar de ficar claro que o motor turbo era o caminho a seguir.
A equipe não apenas registrou a última vitória com Michele Alboreto em Detroit, 1983, mas foi o último time a usar uma variante do motor, já que Martin Brundle foi alimentado por um DFY em seu 012 no GP da Áustria em 1985, antes da equipe finalmente mudar para um motor Renault turbo.
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