F1 - Antonelli: "Perdi dois ou três meses de progresso" com mudança de suspensão no carro da Mercedes
Novato da escuderia das Flechas de Prata teve um ano de estreias de altos e baixos, mas garantiu um pódio duplo em Interlagos
Andrea Kimi Antonelli segue para a reta final da sua temporada de estreia na Fórmula 1 no GP de Las Vegas, a primeira da última rodada tripla de 2025, depois de um ano de altos e baixos. O piloto italiano aponta que a experiência que adquiriu ao longo do ano é muito importante, mas que um fator técnico fez ele retroceder a evolução consideravelmente: a troca da suspensão da Mercedes na parte europeia do calendário.
Antonelli teve um bom começo de ano, mas teve problemas na temporada europeia, abandonando algumas vezes e sem conseguir pontuar, com o único resultado positivo sendo justamente a única corrida dessa parte do calendário que não foi disputada na Europa: o GP do Canadá, em que conquistou o pódio.
De Baku em diante, o italiano conseguiu pontuar constantemente e, em Interlagos, garantiu dois segundos lugares na sprint e na corrida de domingo do GP de São Paulo, coroando um bom retorno da performance nas pistas.
No dia de mídia do circuito americano, Antonelli refletiu sobre como se sente mais confiante no final da temporada, especialmente pela experiência e sobre as próprias necessidades dentro do carro de F1.
"Acho também que a experiência obviamente desempenha um grande papel. Obviamente, sabe, durante a temporada você aprende muito sobre como funciona um fim de semana".
"Mas também, sabe, você aprende muito sobre si mesmo. Aprende muito sobre suas necessidades. O que você precisa para conseguir render 100%. Não apenas as necessidades durante os fins de semana de corrida, mas também as necessidades fora deles, para se recuperar da melhor forma possível. Então, acho que, sabe, a experiência tem sido um fator enorme".
No entanto, ele aponta o retorno para a antiga suspensão como um dos motivos para voltar às performances do começo do ano e até conquistar melhores resultados. "Mas também, sabe, com o carro, na verdade não mexemos muito desde Baku, sabe. Voltamos à suspensão antiga e eu consegui novamente trabalhar com ela".
"Para recuperar a confiança e aprender cada vez mais sobre o carro. E isso também tem um grande peso porque você conhece melhor a janela de funcionamento do carro. Sabe melhor o quanto pode pressionar. Então definitivamente isso ajuda na pilotagem".
Ele destacou novamente a experiência como o maior fator: "Mas acho que também a experiência. Acho que a experiência tem sido... Acho que a experiência tem sido o maior fator. Porque, obviamente, agora estou vivendo os mesmos cenários na maioria das ocasiões. Então sei melhor como responder e como me comportar. Então definitivamente esse tem sido o maior fator".
"Mas claro, também poder ter o mesmo carro e conseguir aprendê-lo profundamente ajuda muito. Porque também quando você pilota e vai para a pista, está mais relaxado. Sabe, quando sente que tem a situação mais sob controle".
"Por conta da experiência e porque você tem o carro mais na mão. Você também pilota muito mais relaxado e consegue extrair o desempenho de uma forma mais fácil, digamos assim. Porque tudo simplesmente fica um pouco mais fácil, sabe, com a pilotagem e tudo".
Oscar Piastri, McLaren, Andrea Kimi Antonelli, Mercedes
Foto de: Lars Baron / LAT Images via Getty Images
Questionado se a mudança da suspensão do W16 fez com que Kimi perdesse meses de progresso do que poderia ser um resultado equivalente à Interlagos mais cedo, o jovem italiano foi claro: "Com certeza".
"Acho que, obviamente, perdi uns dois ou três meses bons de progresso. Mas, sabe, obviamente tive dificuldades com a traseira. Tive mais dificuldades que o George [Russell]. Tive mais dificuldades para me adaptar, principalmente para fazer meu estilo de pilotagem".
"E foi um período difícil porque eu continuava perdendo confiança. Pilotando super tenso e realmente tive muita dificuldade para fazer algum progresso. E obviamente, se eu tivesse conseguido me adaptar melhor ou se tivesse voltado antes para a suspensão antiga, provavelmente teria sido um pouco diferente".
Ele continuou, afirmando que, se a Mercedes tivesse permanecido com a antiga suspensão, que retornou depois de reclamações da dupla da equipe de Brackley, ele conseguiria ter melhores resultados na temporada europeia da F1.
"Provavelmente já teria conseguido criar um ritmo no final da temporada europeia ou no meio dela. E provavelmente teria conseguido esse resultado muito antes. Mas claro que é fácil falar agora. Mas definitivamente sinto que nesse período tive muita dificuldade para evoluir como piloto".
"E então, quando voltamos para a suspensão antiga de novo, tive que recuperar a confiança. Então com certeza, mas sabe, foi por minha causa. Mas ainda assim, agora temos três corridas restantes e é importante terminar em alta", concluiu.
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