F1: Colapinto e...? As opções da Alpine para 2026 ao lado de Gasly
Além das equipes de propriedade do Red Bull, a Alpine tem a única vaga disponível para 2026? Vamos dar uma olhada em quem está - ou deveria estar - no páreo

Restam poucas vagas disponíveis para a temporada 2026 da Fórmula 1. Além das duplas dos times de propriedade da Red Bull, em cujo grupo apenas Max Verstappen tem contrato confirmado para o ano que vem, a F1 observa as movimentações focadas na segunda vaga da Alpine, ao lado de Pierre Gasly.
Trata-se da única incógnita para além dos assentos taurinos, nos quais, fora Verstappen, o jovem Isack Hadjar parece estar garantido, embora ainda não se saiba em qual equipe -- além dele, o júnior Arvid Lindblad deve correr, no caso, pela RB, de modo que Liam Lawson e Yuki Tsunoda tentam 'sobreviver'.
Na Alpine, a situação do segundo assento ainda é incerta, após a escuderia ter trocado o australiano Jack Doohan por Franco Colapinto no decorrer do ano. O argentino não tem correspondido, mas o 'chefão' Flavio Briatore dá sinais dúbios sobre ele, criticando-o mas também exaltando a "estabilidade".
Há alguma semanas, falava-se da possível contratação de um veterano, mas a Cadillac assinou com os dois pilotos experientes que 'pairavam' no mercado: o finlandês Valtteri Bottas e o mexicano Sergio Pérez. O que fará, então, a antiga Renault?
A escolha mais provável: Franco Colapinto

Franco Colapinto, Alpine
Foto de: Bryn Lennon / Formula 1 via Getty Images
Essa seria a opção mais 'segura' para a Alpine. Briatore deu a entender que a equipe pode ter tentado 'apressar' demais o argentino, com muita pressão sobre seus ombros depois de entrar no lugar de Doohan após Miami.
"No ano passado, ele foi muito bem. Mas talvez por estar na equipe com um bom piloto como Pierre, e sempre competindo com o companheiro de equipe, talvez tenhamos colocado muita pressão sobre ele", explicou Briatore em Zandvoort.
"Acho que precisamos levar isso em consideração. O piloto é um ser humano e precisamos entender o que se passa na cabeça desses garotos. Eles são jovens e acho que é um erro nosso subestimar a parte humana. Talvez eu tenha deixado passar alguma coisa no gerenciamento [de Colapinto]", disse o chefão.
Franco chegou à Williams no decorrer de 2024 como substituto do norte-americano Logan Sargeant, sem nenhuma expectativa sobre seus ombros e teve um desempenho admirável, mas começou a acumular acidentes.
Embora o FW46 do ano passado às vezes fosse difícil na traseira, Colapinto pode ter começado a oscilar por causa da fama. A mudança à Alpine, em uma função de reserva, parecia ser um precursor certo de um piloto titular em pouco tempo, e foi o que aconteceu quando Doohan foi rebaixado após seis corridas.
Mas as coisas não têm sido fáceis. Colapinto ainda não conseguiu figurar entre os 10 primeiros. No entanto, os resultados começaram a aparecer: terminar em 11º lugar em Zandvoort o deixou a uma distância muito próxima de um ponto muito importante.
Seu confronto direto de classificação com Gasly agora é de 7-3 em prol do francês, o que não é tão ruim, mas ele não tem sido a presença explosiva que as performances do ano passado demonstraram. Ele não foi um claro passo à frente de Jack.
A opção "erramos": Jack Doohan

Jack Doohan, Alpine
Foto de: Steven Tee / Motorsport Images
É improvável que a Alpine volte a Doohan, mas vamos mantê-lo na disputa por enquanto. É de se suspeitar que, se a equipe realmente achasse que valia a pena seguir com o australiano, ela o teria reintegrado à equipe às custas de Colapinto.
Dito isso, Doohan provavelmente não teve uma chance justa. Houve muitos acidentes, sim, mas Colapinto garantiu o mesmo prejuízo desde que o substituiu - Franco apenas distribuiu seus acidentes em partes menos críticas do fim de semana.
Quando foi 'destituído', parecia que Doohan estava em alta: ele havia empatado com Gasly em 3 a 3 nas sessões de qualificação de corridas principais, mas se envolveu com Lawson na primeira curva para encerrar sua passagem.
Embora Doohan não tenha sido exatamente brilhante nessas seis corridas, nunca pareceu, em sua carreira júnior, que ele estivesse preparado para o sucesso imediato. Mas talvez a Alpine já tivesse visto o suficiente e no primeiro momento da temporada: ele era um piloto capaz, mas não tinha o brilho que se procurava. De qualquer forma, a empresa continuará avaliando o australiano e determinará se fez a escolha certa no início deste ano. Um caminho de volta, no entanto, parece bem improvável.
Paul Aron

Flavio Briatore, conselheiro executivo da Alpine F1, conversa com Paul Aron.
Foto de: Sam Bagnall / Sutton Images via Getty Images
O terceiro 'pino' do trio de jovens da Alpine, até agora 'subutilizado', Aron foi uma das contratações do ex-Team Principal Oliver Oakes antes de ele renunciar ao cargo -- o estoniano foi bem nas categorias juniores correndo pela Hitech de Oakes.
O fato de Paul ter permanecido na Alpine sugere que ele ganhou algum crédito pelo trabalho no simulador, e foi emprestado à Sauber para dois TL1s no lugar de Nico Hulkenberg antes de substituir Colapinto no TL1 em Monza, em sua primeira atividade de pista na Alpine.
Ele estava no ritmo em seus long runs com a Sauber, embora sua segunda corrida na Hungria tenha sido interrompida por um problema na unidade de potência. Na Itália, ele ficou a 0s5s do melhor tempo de Gasly.
Aron liderou parte da corrida pelo título da F2 no ano passado, antes de perder terreno para Gabriel Bortoleto e Hadjar, mas é justamente o sucesso do brasileiro e do franco-argelino que podem fazer com que Aron tenha respaldo, já que combateu os dois na categoria suporte.
A 'experiência': Yuki Tsunoda ou Liam Lawson

Liam Lawson, Equipe Racing Bulls, Yuki Tsunoda, Equipe Red Bull Racing
Foto de: Joe Portlock / LAT Images via Getty Images
É muito provável que um piloto seja 'expulso' do ecossistema da Red Bull no final do ano, já que Lindblad está fortemente ligado a uma estreia na Racing Bulls na próxima temporada. Se a Alpine achar que suas experiências com novatos não estão levando a lugar algum, qualquer um dos dois seria uma opção.
No final do período em que foram companheiros de equipe, Yuki estava em sintonia com Gasly, enquanto Liam também foi considerado um adversário à altura do japonês em alguns momentos. Qualquer um dos dois seria uma opção sensata para a Alpine em 2026.
Gasly pode muito bem estar inclinado a apoiar as credenciais de Tsunoda, considerando que os dois se deram bem durante seus dias na AlphaTauri, embora Briatore possa ser um apreciador da abordagem 'dura' de Lawson, já que o neozelandês segue sua reabilitação tardia na RB, tendo ido bem recentemente.
Leonardo Fornaroli

Pódio: Vencedor da corrida, Leonardo Fornaroli, Invicta Racing
Foto de: Formula Motorsport Ltd
Se o italiano não está concorrendo a uma vaga na Alpine, ele deveria estar. Depois de conquistar o título da F3 sem uma vitória sequer (sua consistência o manteve acima de seus colegas), Fornaroli deu o 'pontapé inicial' e acumula quatro vitórias na F2, na qual busca o título já no ano de estreia na categoria.
Ele está seguindo uma trajetória de carreira semelhante à de Bortoleto: venceu a F3 com a Trident e agora lidera a classificação da F2 com a Invicta. Leonardo continua sendo um agente livre no que diz respeito às academias da F1, o que deixou o diretor da equipe Invicta, James Robinson, intrigado...
"É absolutamente alucinante que ele ainda não tenha sido anunciado para um cargo na F1 para o próximo ano, já que, se pensarmos na maioria dos outros pilotos nas sete ou oito primeiras posições do campeonato, eles fazem parte das academias das equipes de F1", disse Robinson ao Motorsport.com.
"Leo não faz os movimentos banzai que alguns pilotos fazem. Ele não faz danças bobas no pódio. Ele não é muito franco na mídia. Mas tendo trabalhado na F1 por 20 anos, sabendo o que as equipes de F1 procuram nos pilotos, Leo é excepcional em termos de desenvolvimento de um carro", disse James.
Mais alguém?

Alex Dunne, McLaren
Foto de: Clive Rose / Formula 1 via Getty Images
Os outros juniores da Alpine - Kush Maini e Gabriele Mini - não foram particularmente impressionantes na F2 nesta temporada. A estrela da Alpine no Campeonato Mundial de Endurance, Mick Schumacher, seria opção, mas Briatore disse à Auto Motor und Sport que o alemão "não está em nossa lista" para 2026.
Também na F2, mas em outras academias, Luke Browning e Alex Dunne foram impressionantes em suas primeiras temporadas no campeonato. Embora estejam vinculados aos programas júnior da Williams e da McLaren, respectivamente, eles certamente têm opções de liberação caso surja algo na F1.
Se a Mercedes tivesse conseguido atrair Verstappen para 2026, os sussurros do paddock sugeriam que o italiano Andrea Kimi Antonelli poderia ter sido contratado por empréstimo pela Alpine, que será cliente de motores das Flechas de Prata a partir do ano que vem. Tal cenário, porém, não ocorreu. E aí, Briatore?
A VERDADE sobre a CARREIRA de DRUGOVICH | Bortoleto, HAMILTON, Hadjar na RBR | F1 com Victor Ludgero
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