F1: Ex-companheiro de equipe revela por que Hülkenberg já esteve 'à sombra' de Pérez
Alemão e mexicano correram juntos na Racing Point por três anos

A história é bem conhecida, mas, após o primeiro pódio de Nico Hülkenberg na Fórmula 1, ela foi reavivada aqui e ali na mídia nos últimos dias: Em 2020, o alemão também estava na lista da Red Bull para o segundo assento, ao lado de Max Verstappen.
"Isso foi antes de levarmos Checo Pérez", confirmou o conselheiro da Red Bull, Helmut Marko, em entrevista à oe 24 após Silverstone: "Você é sempre mais esperto em retrospectiva. Checo venceu naquela época, Hülkenberg estava perdendo corridas na época", explicou, fazendo alusão à aposentadoria de Hülkenberg no GP de Hockenheim, em 2019.
Marko, no entanto, está satisfeito com a sorte tardia do alemão, dizendo: "Ele está melhor agora. Quanto mais velho ele fica, menos erros comete. É por isso que ele tem um bom contrato com a Audi".
Nico Hülkenberg x Sergio Pérez: um duelo ao longo dos anos
A 'disputa pelo contrato' não foi, de forma alguma, o primeiro duelo entre Hülkenberg e Pérez, já que os dois foram companheiros de equipe na Force India por três anos, de 2014 a 2016 - com o resultado um pouco melhor para o mexicano, que marcou 238 pontos no campeonato mundial durante o tempo em que estiveram juntos e terminou à frente de Hülkenberg duas vezes na classificação final.

Eles foram companheiros de equipe novamente no ano do coronavírus de 2020, mas apenas por uma corrida
Foto: Motorsport Images
No entanto, de acordo com outro ex-companheiro de equipe do alemão, Hülkenberg teve um pouco de azar, porque o tempo junto com Pérez não foi em um momento exatamente favorável a ele - pelo menos de acordo com Jolyon Palmer, que acredita que o alemão "nunca teve material realmente competitivo para terminar no pódio".
No entanto, há uma exceção: "Acho que o carro mais competitivo que Nico já pilotou foi provavelmente o Force India no início da era híbrida, entre 2014 e 2016. Nesse carro, seu companheiro de equipe, Sergio Pérez, subiu ao pódio quatro vezes, mas isso foi negado a Nico - embora os dois estivessem no mesmo nível durante o tempo em que estiveram juntos", escreve o britânico em um post convidado para o site oficial da F1.
"Não combinava muito com o estilo de direção de Nico"
Palmer continua: "No entanto, acho que essa geração de carros não se adequava ao estilo de direção de Nico. Ele se juntou a mim na Renault em 2017, justamente no ano de uma grande mudança de regulamentos, com carros mais alinhados com o que conhecemos hoje em termos de desempenho e downforce. E acho que isso foi muito mais adequado para Nico, porque estava mais alinhado com seu estilo natural de pilotagem".

Tempos diferentes, carros diferentes: Hülkenberg e Perez na Force India em 2014
Foto: LAT
O britânico, que fez 35 largadas em GPs entre 2016 e 2017 e terminou nos pontos duas vezes na Malásia e em Singapura durante esse período, aponta: "Os carros mais estreitos, com downforce reduzido entre 2014 e 2016, foram projetados mais para frear e acelerar". Alguns pilotos, como Daniel Ricciardo, que freava no último momento, ou o principal nome da Mercedes, Lewis Hamilton, souberam tirar proveito disso.
Por outro lado, no entanto, os carros da época tinham outras limitações, de acordo com Palmer: "Não era possível atingir velocidades particularmente altas nas curvas porque os carros simplesmente não aderiam à pista como os antecessores ou sucessores. Eles tinham motor excessivo e pouca força descendente, o que significava que você tinha que ser extremamente cuidadoso ao acelerar e frear em linha reta."
Formato V x Formato U: A vantagem de Pérez
Palmer analisa: "Era necessário um estilo de direção muito mais em forma de V e foi exatamente aí que Checo Pérez conseguiu brilhar com sua capacidade de proteger os pneus traseiros particularmente bem." O mesmo não acontece com Hülkenberg: "Nico, por outro lado, é um piloto com uma excelente sensação de aderência e, naturalmente, tem um estilo de pilotagem muito mais arredondado e em forma de U", explica o ex-companheiro de equipe do alemão.

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Foto: LAT
"Ele pode não ser um 'freador absoluto' no final da curva, mas a velocidade que ele consegue imprimir em uma curva é enorme - e é exatamente isso que foi recompensado muito mais com os novos regulamentos, que trouxeram mais downforce. Eu mesmo tive que experimentar isso em 2017, para meu desgosto", admite Palmer, que foi substituído por Carlos Sainz na equipe francesa antes do final da temporada.
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