Pai de Verstappen critica 'passividade' de Piastri na McLaren: "Eu iria me impor..."
Jos Verstappen disse que australiano precisa agir para evitar danos à sua reputação
Oscar Piastri liderou o campeonato mundial de pilotos da Fórmula 1 por seis meses, ocupando o primeiro lugar após vencer o GP da Arábia Saudita em abril.
Mas sua campanha começou a perder ritmo nas últimas corridas, dando origem a todo tipo de especulação — de que ele não aguenta a pressão, de que há algo errado com o carro ou até que estaria sendo deliberadamente prejudicado pela McLaren, que favoreceria seu outro piloto.
Por mais improváveis que essas teorias sejam, o fato é que Lando Norris agora assumiu a liderança do campeonato, e Max Verstappen reduziu uma desvantagem de 104 pontos para apenas 36. Agora, o pai de Verstappen, Jos, resolveu aumentar a pressão sobre Piastri, usando seu espaço habitual na mídia, o jornal holandês De Telegraaf.
“Eu acho bem estranho o que está acontecendo na McLaren”, disse Verstappen ao jornal. “Piastri não pode ter simplesmente esquecido como pilotar, certo? Se eu fosse ele, ou o empresário dele [Mark Webber], bateria o punho na mesa pelo menos uma vez internamente.”
“Porque agora todo mundo está se perguntando se ele consegue lidar com a pressão — e isso não é bom para sua reputação. A reputação do Piastri, neste caso.”
A posição de Verstappen parece ocupar um terreno confuso entre teorias de que a McLaren estaria priorizando Norris, sem motivo claro para isso, embora teorias conspiratórias geralmente se sustentem em raciocínios circulares e a ideia de que Piastri estaria sucumbindo à pressão.
Não há dúvida de que Piastri teve uma sequência de quatro finais de semana ruins, considerando seus padrões. Ele bateu duas vezes no Azerbaijão — a segunda colisão com o muro o tirou da corrida após queimar a largada. Em Singapura, teve desempenho fraco na classificação e foi empurrado para fora pelo companheiro de equipe na primeira volta. Em Austin, novamente não extraiu o máximo do carro na classificação e depois bateu na largada da sprint, levando Norris junto. A falta de voltas com o pneu médio prejudicou ainda mais seu desempenho na corrida. No México, ele teve dificuldades durante todo o final de semana por causa da pista de baixa aderência.
Mas isso significa, como alguns críticos da McLaren sugerem, que Piastri está sendo propositalmente limitado?
“Pode parecer automaticamente assim, mas não tenho acesso a isso”, disse Verstappen. “Se eu fosse o Piastri, no entanto, agora eu me imporia. Todo mundo presumiu que ele seria o campeão, e essa percepção mudou muito rápido.”
A ideia de que Piastri poderia resolver seus problemas simplesmente “se impondo” combina bastante com o estilo de Verstappen pai. Se essa sugestão tem algum fundamento é outra história.
A McLaren mantém sua posição de que está comprometida em garantir igualdade de oportunidades aos dois pilotos. Depois da classificação no México, quando Piastri novamente teve dificuldades em condições de baixa aderência — assim como em Austin —, a equipe realizou um extenso briefing com ele, usando vídeos e dados para ajudá-lo a se adaptar.
A teoria de trabalho do chefe da equipe, Andrea Stella, é que Norris é mais rápido em pistas de baixa aderência porque, quando já tem sentimento suficiente do que o carro está fazendo, é capaz de “forçar” um pouco mais. Nesses casos, existe um “ponto ideal” em que é possível ganhar tempo convivendo com um leve deslize, sem que isso aumente demais a temperatura dos pneus.
“Nesse regime, você precisa pilotar de um jeito que se adapte ao fato de que o carro vai escorregar bastante e pode escorregar produzindo tempo de volta”, disse Stella. “E isso não é necessariamente a maneira como o Oscar sente, naturalmente, que está produzindo tempo de volta.”
“Enquanto recebemos um milhão de sugestões de como deveríamos administrar nossa equipe, continuamos fiéis aos nossos valores”, afirmou o CEO da McLaren, Zak Brown, em entrevista ao Motorsport.com.
“Vamos permanecer fiéis aos nossos princípios de corrida: somos competidores e vamos correr um contra o outro com força, e vamos chegar até o fim. E nossos dois pilotos vão apertar as mãos e, com sorte, vamos terminar em primeiro e segundo. É isso que estamos buscando — e chegar a uma situação em que deixemos que eles decidam quem é o primeiro e quem é o segundo.”
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