F1: Red Bull explorou 'ponto fraco' em diretrizes da FIA para trocar motor de Verstappen; entenda
Regulamentadora planeja reduzir essa área cinzenta nas regras para 2026
Todas as equipes da Fórmula 1 jogam o 'jogo' com o regulamento debaixo do braço e grande parte do tempo estão testando os limites das regras e descobrindo onde ficam as áreas cinzentas, tudo visando tirarem o melhor proveito das situações. Isso foi exatamente o que a Red Bull fez ao trocar o motor de Max Verstappen no GP de São Paulo.
Logo após a mudança, Andrea Stella, chefe da McLaren, questionou se essa troca contaria ou não para o limite orçamentário imposto pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo), já que há pouca ou nenhuma explicação sobre o assunto no livro de regras.
Acontece que, duas semanas depois, no GP de Las Vegas, a regulamentadora finalmente admitiu que a equipe de Milton Keynes explorou uma brecha que o texto não cobre. O regulamento permite que as equipes façam alterações de unidades de potência sem nenhuma consequência para o teto de gastos, apenas uma punição para o piloto que extrapolar o limite de trocas.
Questionado pelo The Race no paddock em Nevada, Nikolas Tombazis, diretor de monopostos da FIA, explicou a situação e destacou essa área cinzenta que a Red Bull conseguiu explorar com maestria.
"O que não queríamos era nos envolver em uma situação em que, quando há uma troca de motor, temos que discutir com a equipe ou com o fabricante da unidade de potência se um dado de telemetria indica ou não um possível problema de confiabilidade. Não achamos que temos a experiência necessária para discutir com eles se é realmente uma mudança de confiabilidade ou estratégica".
Foto de: Red Bull Content Pool
"Em alguns casos, obviamente fica em um lado ou no outro. Mas quando você está naquela área de transição, seria difícil".
"Portanto, essa tem sido uma fragilidade nos regulamentos atuais — a combinação de fatores financeiros, técnicos e esportivos — e é nessa área que adotamos essa abordagem, aceitando essas mudanças sem entrar em discussão sobre o impacto no limite de custos".
Isso significa que, em 2025, não haverá nenhuma mudança nas regras ou punição para a Red Bull por explorar essas 'fraquezas'. No entanto, a regulamentadora já está repensando o livro de regras para a próxima temporada e tentando cobrir todas as fraquezas.
"Com o teto de custos para os fabricantes de unidades de potência, bem como para as equipes, essa questão está resolvida".
"Os fabricantes de unidades de potência nunca achariam conveniente fazer uma mudança estratégica, porque cada mudança custaria aproximadamente o preço de um motor — um milhão de dólares, se for apenas a combustão interna ou algo do tipo. E isso criará um mecanismo natural".
"Portanto, acreditamos que essa é uma fragilidade no conjunto atual de regulamentações, que não possui um limite máximo para o custo de aquisição de equipamentos. Mas acreditamos que isso será resolvido completamente no próximo ano. Deixará de ser um tema de discussão".
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