ANÁLISE F1: Verstappen pode aproveitar chuva em Interlagos, mas McLaren é favorita
Casas de aposta destacam o tetracampeão como o principal candidato à vitória no GP de São Paulo, mas dupla da McLaren pode levar vantagem
O sucesso de Max Verstappen no chuvoso GP de São Paulo de 2024 levou as casas de apostas a apostarem no holandês para a sprint e a corrida, mas a dupla Oscar Piastri-Lando Norris tem toda a intenção de manter o controle do campeonato de pilotos de Fórmula 1, confiando nas qualidades do MCL39 que são adequadas para o circuito paulista.
A previsão do tempo indica 60% de chance de chuva no sábado e 40% de chance no domingo. Verstappen está se preparando para retornar à pista de Interlagos 12 meses após o feito extraordinário que lhe rendeu elogios de todos os lados, inclusive de seus rivais.
12º no treino classificatório devido a uma bandeira vermelha provocada por Lance Stroll, Verstappen foi então relegado à nona fila por causa da troca do motor. A partir daí, ele iniciou um retorno incrível em condições de pista molhada, em uma corrida destinada a permanecer como um dos destaques mais incríveis de sua carreira.
Max Verstappen, Red Bull Racing RB20, vitorioso no ano passado no Brasil
Foto de: Andrew Ferraro / Motorsport Images
A vitória de 2024 deixou sua marca; se o fim de semana em Interlagos fosse realizado na chuva, Verstappen seria o claro favorito. No entanto, há quem argumente que os vereditos de 12 meses atrás não são necessariamente reconfirmados de forma obrigatória.
Entre os muitos pontos fortes do carro da McLaren em 2025 está o fato de que ele lida muito bem com o superaquecimento dos pneus, uma qualidade que, no caso de uma corrida com pneus intermediários, poderia funcionar a favor de Norris e Piastri.
Como já verificado em corridas recentes, a classificação será crucial, mesmo em uma pista com mais ultrapassagens do que outras do calendário. O mantra dos pilotos é "ar limpo é rei", o que significa que correr com ar livre parece ser a chave para aproveitar ao máximo os monopostos que estão no final de seu desenvolvimento.
Nesta reta final da temporada, os cenários estão mudando rapidamente, e a contagem regressiva para a etapa final em Abu Dhabi está se confirmando como um verdadeiro jogo de ping-pong, no qual cada lance precisa ser repetido imediatamente. Verstappen chega a São Paulo 36 pontos atrás de Lando Norris, o novo líder graças à sua brilhante corrida no México, uma situação que exige uma reação imediata de Max.
Lando Norris, da McLaren, líder mundial após a vitória no México
Foto de: Hector Vivas / Getty Images
Para continuar no jogo, Verstappen terá que sair do Brasil com uma pontuação de etapa mais alta do que a dupla Piastri-Norris, caso contrário (com 83 pontos em disputa após o fim de semana em São Paulo) suas chances, que já eram pequenas, se tornariam de apenas um dígito. As casas de apostas, inclusive as britânicas, indicam Max como favorito à vitória tanto na sprint quanto na corrida principal, mas essa previsão também é ditada por fatores emocionais.
De acordo com vários especialistas, uma grande parte do 'jogo' será disputada na sexta-feira, na única sessão de treinos livres. Interlagos é uma pista completa, com curvas lentas, mas também com curvas de velocidade média, um cenário em que é vital obter o equilíbrio certo.
A McLaren começa com uma vantagem básica: o traçado de Interlagos é perfeito para o MCL39, e a ampla janela de operação do monoposto da escuderia britânica será um aliado valioso, como já visto muitas vezes ao longo da temporada.
Se o fim de semana em Interlagos não incluísse o formato de sprint, seria difícil para os rivais (incluindo Verstappen) tentarem incomodar a dupla Norris-Piastri, mas a necessidade de ajustar tudo depois de apenas 60 minutos de treino acrescenta algumas variáveis extras que podem funcionar a favor dos adversários.
No Brasil, o frescor das unidades de potência também desempenhará um papel importante. Os 15 segundos com o 'pé embaixo' (começando na saída da Junção até a frenagem da primeira perna do S do Senna, após a reta dos boxes) aumentam a eficiência da carga, mas, acima de tudo, a potência, um fator que colocará os motores à prova. É aí que entra a rotação das unidades de potência.
Ao contrário do ano passado, a Red Bull está convencida de que pode terminar a temporada com as quatro unidades já declaradas, uma posição também compartilhada pela McLaren. Em um final de campeonato tão apertado, até mesmo uma penalidade no grid resultante do uso de uma quinta unidade de potência pode ser crucial.
DIOGO MOREIRA EXCLUSIVO: Liderança da MOTO2, ida à MOTOGP, Márquez x Rossi, GP do BRASIL e + | MotoE
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