Honda terá de tomar decisão "muito complicada" sobre novo motor
Com chances de vencer em Singapura, mas desejando bons resultados no Japão, fabricante terá de lidar com punições e fazer sacrifícios
A decisão de quando a próxima atualização dos motores Honda será introduzida na Fórmula 1, o que vai causar punições de grid para a Red Bull, é “muito complicada”, de acordo com o técnico chefe da fabricante japonesa.
A Honda já trouxe outras duas atualizações ao longo deste ano, e devido ao seu programa agressivo de desenvolvimento, terá a oportunidade de estrear uma terceira versão dos propulsores em breve, dando motores 'zero' para suas equipes clientes, Red Bull e Toro Rosso. O modelo lançado no GP da França já completou cinco provas.
Com duas pistas sensíveis à potência dos motores no início de setembro, Spa e Monza, uma delas seria a escolha lógica para a introdução dos novos motores. Estes dois circuitos favorecem ultrapassagens e tornam mais fácil uma recuperação para quem parte do fim do grid com um carro competitivo.
Isso pode garantir que a equipe não seja prejudicada em Singapura, um dos circuitos onde costuma ser mais forte. No entanto, o diretor técnico da Honda, Toyoharu Tanabe, disse que a decisão não foi tomada até agora.
“Nós estamos discutindo o tempo todo com os times e vamos decidir quando vamos aplicar a novas versão dos motor”, disse Tanabe ao Motorsport.com. “Neste momento, ainda não tomamos nenhuma decisão. Isso depende da situação, do momento e do resultado das discussões com as equipes. É muito complicado”.
Singapura provavelmente será priorizada pela Red Bull, pois representa uma oportunidade significativa para a equipe conquistar mais uma vitória no ano, mas a prova do Japão, casa da Honda, será apenas a quinta prova após a retomada do campeonato, o que significaria chegar a Suzuka com motores bastante usados.
E a corrida deste ano representa na visão da Honda, a melhor oportunidade de conquistar um bom resultado em casa desde que retornou à F1 em 2015.
Se Max Verstappen, que já venceu duas vezes neste ano com motores da Honda (relembre as vitórias do holandês na galeria no fim da matéria), levar uma punição em Spa ou Monza e não usar nenhum outro motor antes da corrida em Suzuka, ele terá de pilotar no circuito japonês com uma unidade de potência que estará no fim de sua vida útil.
A Honda acredita que seus propulsores são agora confiáveis o suficiente para competir em seis corridas consecutivas sem problemas e sem perda de desempenho.
No entanto, a fabricante pode não querer arriscar em casa, e uma potencial solução seria uma troca extra de motores no GP da Rússia, que acontece antes da prova no Japão.
Sacrificando o GP de Sochi, a Honda poderia ter motores novos em Suzuka e ainda ter unidades de potência suficientes para completar a temporada sem novas punições ou problemas.
“Nós temos dois tipos de planos, um de longo termo e outro de curto prazo”, acrescentou Tanabe. “Depois da corrida, nós vamos rever a condição dos motores. Talvez duas ou três corridas sejam o curto prazo e o longo termo seja até o fim da temporada. É muito complicado”.
Verstappen, vitorioso em grandes corridas
Em tempos de pleno domínio da Mercedes e raros lampejos da Ferrari, o piloto da Red Bull Honda conquistou vitórias marcantes. E sempre se superou para chegar aos triunfos.
São seis presenças no lugar mais alto do pódio, sendo duas neste ano, com motores Honda. Na galeria especial abaixo, o Motorsport.com relembra as vitórias espetaculares do holandês. Confira:
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