Um dos nomes mais citados no circo da Fórmula 1 nas últimas semanas, em virtude da grave crise da Caterham, Tony Fernandes voltou a atacar. Nesta quarta-feira, o antigo dono da escuderia tratou de criticar duramente a categoria máxima do automobilismo e suas leis financeiras, as quais privilegiam as equipes ‘maiores’.
[publicidade]Em entrevista concedida à ‘Sky’, o ex-dono da Caterham pediu explicitamente uma reforma na categoria e sentenciou: a Fórmula 1 não tem espaço para escuderias pequenas.
“Não posso competir aqui, mas com o Queens Park Rangers (equipe inglesa da qual é dono) e com a Air Asia (companhia aérea) eu posso. Sem poder, decidi abandonar. O esporte precisa se examinar. Não poderíamos continuar”, relatou o dono.
A revolta de Fernandes sobre a Fórmula 1 se decai muito sobre a divisão financeira dos direitos. Sob a tutela de Bernie Ecclestone, os times grandes, como Ferrari, Red Bull e Mercedes, possuem um ganho maior de verbas em comparação a Caterham e Marussia, por exemplo.
“As pessoas podem culpar qualquer um sobre essa crise, mas as equipes grandes são as mais culpadas do que ninguém. A diferença financeira se tornou muito grande”, completou.
A Caterham, ex-Tony Fernandes, agora é administrada por Finbarr O'Connell, integrante da firma Smith & Williams, empresa especializada em auxiliar companhias com dificuldades financeiras.
Em crise financeira e administrativa, a equipe recebeu uma autorização especial da Fórmula 1 para se ausentar dos GPs dos Estados Unidos e Brasil, marcados para os dois próximos finais de semana. A Marussia também não se alinhará ao grid nos EUA.