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Análise

ANÁLISE F1: Como descrever o 2025 de Bortoleto?

Motorsport.com ouviu seus jornalistas e o que eles têm a dizer sobre a temporada de novato do piloto brasileiro

Gabriel Bortoleto, Sauber

Foto de: Clive Mason / Getty Images

A temporada 2025 da Fórmula 1 chegou ao fim e, com ela, o primeiro ano de Gabriel Bortoleto na principal categoria do automobilismo mundial. 

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E, olhando em retrospecto para as 24 etapas, como podemos definir e mensurar o ano de novato do brasileiro? Nos números frios, Bortoleto encerra o ano com 19 pontos somados. Na comparação direta com seu companheiro de equipe, Nico Hulkenberg, os dois empataram na classificação em 15-15, assim como na posição final nas corridas.

Os jornalistas do Motorsport.com Brasil e também das versões internacionais deram suas opiniões a respeito do desempenho do piloto da Sauber. 

Jake Boxall-Legge

Quando você olha para a ascensão de Bortoleto pelas categorias de base entre 2023 e 2024, fica claramente evidente que ele tinha talento, você não iguala nomes como George Russell, Oscar Piastri e Charles Leclerc, vencendo F3 e F2 de forma consecutiva atoa.

Havia poucas dúvidas de que Bortoleto se adaptaria à F1 , mas quanto tempo isso levaria? Como ele só se tornou parte do programa de desenvolvimento de pilotos da McLaren antes de 2024, e portanto não teve acesso aos milhares de quilômetros que outros pilotos da academia receberam em carros antigos de F1, todo o aprendizado que ele precisava antes do início da temporada foi comprimido no espaço de um dia e meio.

Ainda assim, mesmo com a C45 subdesenvolvida da Sauber no começo do ano, Bortoleto conseguiu superar Nico Hulkenberg na classificação em Melbourne logo na primeira tentativa e avançar para o Q2. Foi um começo extremamente impressionante.

Claro, Bortoleto cometeu sua parcela de erros (sua batida no domingo em Melbourne foi um deles, além do azar no fim da temporada em Interlagos e Las Vegas), mas isso é totalmente esperado de um piloto novato, especialmente alguém tão novo em um ambiente tão exigente  e muitas vezes tóxico.

Se há algo que aprendemos sobre a abordagem de Bortoleto, é que ele é sensato o bastante para analisar 2025 com um pente-fino e colocar em prática as lições mais importantes. O chefe da Sauber, Jonathan Wheatley, continua impressionado com o estilo metódico de Bortoleto.

Você pode julgar um homem pela companhia que ele mantém  e ter Fernando Alonso e Max Verstappen ao seu lado sugere que ele é um jovem com pressa.

Erick Gabriel

Creio que para uma avaliação leal com nosso público, tento lembrar qual era a minha expectativa antes do início do campeonato e o que o Bortoleto fez na pista. Para mim, foi bem além das expectativas, especialmente em classificação, um ponto forte do Hulkenberg.

O garoto tinha pouquíssima experiência em um carro de F1. Poderia ter sido melhor nas corridas? Sim, mas esta é uma lógica que serve para todos e tivemos também algumas estratégias questionáveis da Sauber. No ano que vem, as coisas serão diferentes, logo, a avaliação terá que ser diferente, já que o brasileiro estará mais acostumado com a categoria, mesmo com outro carro.

Gabriel Bortoleto, Sauber

Gabriel Bortoleto, Sauber

Foto de: Andy Hone/ LAT Images via Getty Images

Filip Cleeren

Gabriel Bortoleto me impressionou desde o primeiro dia, quando falei com ele na corrida de abertura na Austrália, pela sua atitude. Foi claramente difícil para o atual campeão da F2, acostumado a lutar por pódios e vitórias de forma consistente, ir para o fundo do grid da F1 com a Sauber.

E enquanto outros novatos admitiram estar receosos com a possibilidade de chuva na abertura da temporada, Bortoleto não demonstrou nenhum nervosismo e disse que “não via a hora” de o tempo molhado abrir oportunidades, apesar de nunca ter pilotado um carro de F1 na chuva. “Eu não posso mudar as condições que vamos ter. Então eu simplesmente aceito.”

No fim, Bortoleto bateu e abandonou a corrida, mas sua postura madura logo começou a dar frutos e, nos bastidores, todos na Sauber ficaram impressionados com sua ética de trabalho exemplar.

Bortoleto ainda precisou esperar mais de um terço da temporada para finalmente marcar seus primeiros pontos. Mas quando a Sauber deu um passo à frente com seu novo assoalho em Barcelona, as recompensas pelo seu esforço começaram a aparecer, começando com seus primeiros pontos na Áustria.

Aquilo também marcou o início de uma sequência impressionante superando o experiente Nico Hulkenberg em oito classificações consecutivas. No fim do ano, Bortoleto e Hulkenberg terminaram exatamente empatados em desempenho de classificação, em 15 a 15. Algo extremamente impressionante para um novato.

O ano de estreia de Bortoleto não foi perfeito, é claro, vide seu excesso de ímpeto na estreia em casa, em Interlagos, que resultou em duas batidas. Mas o mesmo pode ser dito de qualquer novato, e seu ritmo e maturidade justificaram a decisão da Sauber de colocar um veterano ao lado de um novato promissor, em vez de optar por outra dupla “segura” ao lado de Hulkenberg, enquanto a equipe se transforma na fábrica da Audi no próximo ano.

Livia Veiga

Gabriel começou a temporada com a 'pressão' de levar a bandeira do Brasil de volta ao grid da F1 e de ter sido campeão em duas categorias de base em anos subsequentes. Porém, a estreia em uma Sauber tirou um pouco desse peso nas costas porque já sabíamos que ele teria uma temporada complicada, haja vista a posição da equipe no fim de 2024 e como eles só chegaram a pontuar nas últimas corridas.

O brasileiro teve um ano sólido e de muito aprendizado. É importante ressaltar que Bortoleto foi o novato com a menor quilometragem em um carro de F1 em 2025, então, todas as etapas trouxeram um desafio extra, por isso destaco que Gabriel teve um bom primeiro ano, dado o carro que lhe foi entregue.

Gabriel Bortoleto, Sauber

Gabriel Bortoleto, Sauber

Foto de: Sam Bloxham / LAT Images via Getty Images

Ronald Vording

Tenho que dizer que, neste ano, fiquei impressionado com vários novatos. Isack Hadjar se colocou em posição de ser promovido à Red Bull,  Andrea Kimi Antonelli mostrou lampejos de seu talento, e Oliver Bearman impressionou especialmente no fim da temporada. Gabriel Bortoleto merece absolutamente estar incluído nessa lista depois do que foi um ano de estreia muito forte na Fórmula 1.

Devo admitir que, com base em seu desempenho nas categorias de base, eu já esperava que ele fosse bem. Não há muitos pilotos que vencem o título da F3 em seu primeiro ano e depois conquistam a F2 já na temporada seguinte. É preciso ter algo especial para conseguir isso e Bortoleto certamente tem. A maior dúvida para mim era como a Sauber, como equipe, iria se sair depois de um 2024 difícil. Mas Bortoleto mostrou que , se o carro for competitivo, ele é capaz de alcançar coisas muito boas.

O sexto lugar na Hungria naturalmente se destaca, embora suas performances na classificação também precisem ser mencionadas. Nico Hülkenberg é considerado no paddock da F1 um forte classificador, o que torna ainda mais impressionante que Bortoleto tenha conseguido terminar o duelo de classificação empatado em 12–12 em sua primeira temporada.

Isso mostra que ele tem velocidade pura e isso é importante. Vários olheiros de talento na F1 costumam dizer que muitas coisas podem ser aprendidas por um piloto, mas velocidade pura não.

Claro, ainda há espaço para evolução. A parte final da temporada foi mais difícil e a pressão durante sua corrida em casa no Brasil talvez tenha sido um pouco alta demais. Mas até sua reação a tudo isso foi reveladora. Quando falei com ele no Catar, Gabi foi muito autocrítico sobre esses momentos. É algo característico dos novatos de 2025: Antonelli, Bearman e Hadjar têm essa mesma postura em suas entrevistas (autocrítica) e essa é uma mentalidade positiva.

No geral, o balanço é, sem dúvida, positivo. Seu empresário Fernando Alonso e Max Verstappen, que mesmo antes da promoção de Bortoleto à F1 já haviam dito à Red Bull para ficar de olho nele, viram algo nele há bastante tempo. Este ano deixou claro o motivo. Ele é um piloto com muito potencial. Já vimos lampejos disso em 2025 e agora cabe a ele evoluir em cima disso com a equipe de fábrica da Audi.

Guilherme Longo

Gabriel Bortoleto teve um ano de estreia sólido, entregando mais do que inicialmente esperávamos. Graças a uma melhora da Sauber a partir do GP da Espanha, o brasileiro passou a ser mais competitivo, conseguindo terminar algumas corridas na zona de pontos. Para mim, seu ponto alto foi o GP da Hungria, onde teve seu melhor resultado, um sexto lugar, em uma pista que, na teoria, não deveria funcionar para o carro da Sauber. No total, ele sai de 2025 com 19 pontos a mais do que contávamos que ele teria.

Mas sim, é preciso tirar aprendizados e melhoras para 2026 e além. O início foi um pouco atribulado, e Gabriel precisa melhorar suas largadas e gerenciamento de pneus. Mas, em especial, ele precisa melhorar sua comunicação e se impor mais dentro da Sauber, que passa a se chamar Audi em 2026.

Em diversas corridas a equipe errou e errou feio com sua estratégia, chegando ao ponto de pedir desculpas publicamente. Gabriel passou pelo primeiro ano e não é mais um novato. Agora ele precisa ser ouvido dentro da equipe, para dar mais um passo adiante.

Gabriel Bortoleto, Sauber

Gabriel Bortoleto, Sauber

Foto de: Andy Hone/ LAT Images via Getty Images

Federico Faturos

Bortoleto vai aprender muito com seu ano de estreia na F1 e continuar evoluindo em 2026. Ele pode não ter tido aqueles grandes momentos sob os holofotes como Andrea Kimi Antonelli ou Isack Hadjar – ou até Oliver Bearman com seu quase pódio no México – mas a temporada de estreia de Gabriel Bortoleto foi sólida.

É verdade que ele precisou de um tempo para se acostumar com a Fórmula 1, com cinco eliminações no Q1 nas primeiras sete classificações, incluindo sprints, e cinco derrotas seguidas nesse quesito para seu companheiro de equipe, Nico Hülkenberg. No entanto, isso também coincidiu com um momento em que a Sauber ainda estava na parte de trás da disputa e, assim que o carro melhorou, Gabi mostrou claramente do que é capaz.

Seu fim de semana no GP da Áustria, em uma classificação apertada por conta da pista muito curta, foi sensacional, com sua primeira participação no Q3 e seus primeiros pontos, seguidos, pouco depois, pelo sexto lugar na Hungria, sendo sem dúvida seu ponto mais alto do ano.

E se recuperar das dificuldades iniciais na classificação para terminar empatado em 15–15 no duelo interno com Hulkenberg, um verdadeiro veterano que chegou a 250 GPs em Abu Dhabi, é uma clara demonstração do progresso que Bortoleto teve ao longo do ano.

Seu ponto mais baixo foi, sem dúvida, o fim de semana no Brasil, e ele sabe disso melhor do que ninguém. Mas, como o próprio Hulkenberg lhe disse em Interlagos, ele terá muitas outras corridas diante da sua torcida para brilhar e essa estreia não será mais do que uma memória ruim e distante.

Pessoalmente, estou muito ansioso para ver o que Bortoleto ainda tem a mostrar na F1 nos próximos anos.

Andrei Gobbo

Carregar nos ombros a pressão de representar o retorno de um celeiro de pilotos como o Brasil poderia abalar muitos novatos. Porém, Gabriel Bortoleto, entre bons resultados e contratempos na pista, fez uma temporada de estreia que pode ser resumida em uma palavra: evolução. Mesmo com dois abandonos em Interlagos, o saldo, sobretudo pelos pontos e performances do piloto paulista em comparação com o companheiro de equipe Nico Hulkenberg, é muito mais positivo do que se imaginava no início de 2025.

Na próxima temporada, ainda sem todas as cartas na mesa, Bortoleto deve continuar a ser visto pela maioria do público brasileiro (exceto por vozes imediatistas) como um símbolo da nova vanguarda nacional na categoria máxima do automobilismo, avançando um passo de cada vez. 

Gabriel Bortoleto, Sauber

Gabriel Bortoleto, Sauber

Foto de: Andy Hone/ LAT Images via Getty Images

Olivia Nogueira

Gabriel Bortoleto chegou à Fórmula 1 com muita expectativa sobre os ombros e a difícil missão de representar o Brasil depois de quase uma década sem um representante na categoria. Depois de dois anos sendo campeão nas categorias de base, conseguiu a vaga naquela que era a pior equipe do grid no ano anterior, porém, Bortoleto conseguiu transformar o desafio em oportunidade. 

O brasileiro não teve um início de ano fácil, abandonando a primeira corrida, largando no fundo do pelotão e sendo até mesmo chamado de 'piloto B' por Helmut Marko, ex-conselheiro da Red Bull, mas, apesar da pouca idade, não se deixou abalar, demonstrando maturidade nas respostas à mídia.

Apesar de ter sofrido nas primeiras etapas, como era de se esperar para um ano de estreia, a 'virada de chave' veio na Áustria, quando não só chegou ao Q3 como pontuou pela primeira vez, algo que, em março, seria considerado praticamente um milagre.

Bortoleto conseguiu repetir o feito das boas classificações em outras ocasiões, encerrando o ano empatado (15x15 em qualis, contando sprints, mas Bortoleto não participou da sessão no Brasil) com o experiente companheiro de equipe, Nico Hulkenberg, o que valoriza o trabalho desenvolvido pelo brasileiro.

Ao longo da temporada Bortoleto precisou lidar também com erros da própria Sauber e, mais uma vez, a maturidade ao entender que eles acontecem, mas que também é necessário algumas críticas e certa cobrança sobre o time para que eles não se repitam chama atenção. Com 19 pontos, o brasileiro fecha sua primeira temporada mostrando que ainda tem muito a evoluir, mas garantindo que está no lugar certo: o grid da Fórmula 1. 

Conclusão

É consenso que o 2025 de Gabriel Bortoleto foi forte dentro dos limites que a equipe e o carro apresentaram a ele. O saldo é positivo não só pelo que foi apresentado nas pistas, mas também pelo fato do brasileiro ter demonstrado um entendimento rápido do que é a Fórmula 1, inclusive diante das câmeras. 

Também há consciência coletiva de que os erros cometidos ao longo da temporada, principalmente na reta final do calendário, não apagam o ano sólido do paulista. Eles iriam acontecer e o destaque fica pela maneira como Gabriel lidou com eles. 

Contrariando as expectativas iniciais em torno do esquadrão suíço, a evolução da Sauber também permitiu que Bortoleto evoluísse como pessoa e como piloto. O que deve continuar no ano que vem. 

Então, não é nenhum exagero dizer que Bortoleto passou de ano em 2025. 

MARKO FORA da RED BULL, Norris CALA BOCAS, BAND na F1, Max MAIOR e ano de BORTOLETO | TIAGO MENDONÇA

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