“Brasil pode virar Argentina no automobilismo”, alerta chefe de Piquet

Dono da equipe de Pedro Piquet na Formula 3 Brasil e revelador de talentos, Augusto Cesário elogia categoria e não liga para grid pequeno

Pedro Piquet e Augusto Cesário
Largada corrida 1
Pedro Piquet
Pedro Piquet
Pedro Piquet no pódio
Nelson e Pedro Piquet
Pedro Piquet em Santa Cruz do Sul
Pedro Piquet comemora a vitória
Piquet lidera o pelotão

A história de Augusto Cesário no automobilismo nacional é bastante rica. Passaram pela sua equipe desde 1991 pilotos de renome que chegaram a categorias mundiais. Entre eles estão Hélio Castroneves, Cristiano da Matta, Ricardo Zonta e agora Pedro Piquet.

Com vasta experiência, ele cravou ao Motorsport.com que o momento atravessado pela Fórmula 3 Brasil é bom, apesar de o grid para esta etapa de Campo Grande contar apenas com 12 carros.

“Está sendo ótimo”, disse.

“A categoria está voltando a crescer, está tendo uma visibilidade muito boa e isso faz com que a gente cada vez mais entenda a importância de os pilotos aprenderem a correr de fórmula já aqui no Brasil."

“Na verdade, o número de carros é legal. É óbvio que é importante ter um grid grande e bacana. Mas tivemos anos com menos, e saiam pilotos da minha equipe do calibre de Cristiano da Matta e Hélio Castroneves.”

Para Cesário, o realmente importante é ter um grid de alto nível, coisa que para ele a F3 já tem. “Nesta época do Hélio e do Cristiano nós tínhamos menos carros até. Chegamos a ter seis ou oito carros.”

“Mas todos eram muito rápidos e super competitivos. Não vejo no número de carros um problema. O importante é ter gente competitiva que possa elevar o nível para os meninos aprenderem direitinho.”

Brasil pode virar uma Argentina

Augusto alertou para o excesso de jovens pilotos correndo no turismo e a proliferação de categorias deste tipo. Cesário se preocupa com o futuro do Brasil na F1.

“Houve essa invasão do turismo, o que tirou um pouco a força dos fórmulas”, falou.

“Isso é uma ilusão e uma coisa muito ruim para o automobilismo. Para fazer carreira, jamais um piloto vai sair do turismo. Ele precisa sair do fórmula. A Argentina fez isso e há décadas não tem piloto na Fórmula 1. Estamos indo pelo mesmo caminho.”

“Isso nós não podemos deixar acontecer. A F1 para nós é um grande esporte, movimenta o país inteiro.”

“Há a ilusão de que um piloto que anda bem no kart aqui tem nível para ir para a Europa. Esse pessoal acaba caindo na real de que o importante é aprender aqui para chegar lá em condições de ganhar corrida.”

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