"Brasileiros elétricos”, Di Grassi e Granado se encontram em Interlagos
Lucas di Grassi, da Fórmula E, e Eric Granado, da MotoE, trocam informações sobre seus respectivos campeonatos e deixam no ar um contro de troca de veículos
O fim de semana da decisão da Stock Car em Interlagos também serviu para encontros inusitados do mundo do esporte a motor. Neste sábado, Lucas di Grassi e Eric Granado, dois dos pilotos que estão envolvidos em categorias com veículos totalmente elétricos, se encontraram em Interlagos para trocar experiências sobre os veículos e os formatos de seus respectivos campeonatos.
Di Grassi está prestes a entrar no quinto ano da Fórmula E, com direito ao título da temporada 2016/2017, enquanto que Granado fará parte da temporada inaugural da MotoE em 2019, quando a nova série acompanhará cinco etapas da MotoGP, com rodada dupla na decisão.
“A maior diferença é não ter marcha”, disse Granado ao falar de sua nova moto que teve oportunidade de testar em Jerez. “A vida inteira em andei em motos com embreagem e marcha. No começo eu estranhei, já vinha com o intuito de tirar a marcha no pé, mas depois você acostuma. O barulho também não é um problema.”
Uma das questões que pode preocupar os fãs das duas rodas é a velocidade da nova categoria. Assim como na categoria dos carros, o principal ponto é a bateria e Di Grassi explicou.
“O nosso motor da Fórmula E tem 350 cavalos e tem a capacidade de chegar a 450 e ele pesa de 16 a 20 quilos”, disse Di Grassi. “Se colocarmos um motor desse na moto da MotoE, não teria problema. A potência não seria problema para eles. A questão é o peso da bateria, que é a mesma coisa com a gente. A nossa bateria pesa 330kg e a deles pesa 100.”
Em seguida, Di Grassi elogiou a escolha de Granado por optar em se mudar para a MotoE, após ter um ano frustrante na Moto2.
“Ele fez a escolha certa. É lógico que ainda tem esse período de transição, igual ao da Fórmula E. É legal pra caramba ver um brasileiro lá também inovando.” E Granado complementou: “São projetos diferentes. A Fórmula E está a um passo bem mais avançado.”
Aproveitando as experiências recentes envolvendo grandes nomes do esporte a motor e com a possível ida de Lewis Hamilton ao rancho de Valentino Rossi para andar de moto, Di Grassi não rejeitou a ideia, mas o autódromo de Interlagos não seria o local para a experiência.
”Eu não ia conseguir fazer isso. Se ele dirigir um carro, e bater, ele bateu. Eu vi a disputa dele com o Alex aqui nessa última etapa (da Superbike Brasileira), fazendo essa junção aqui, a 250 km/h de lado, não dá. Vamos combinar, eu quero testar a moto mas a gente precisa ir a uma Velo Cità da vida, aqui em Interlagos eu não vou nem fudendo”, complementou.
Lucas di Grassi e Eric Granado conversam em Interlagos
Photo by: Gabriel Lima/Motorsport
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