Montadoras da MotoGP vão discutir impactos da crise da Covid-19 e propor medidas de corte de gastos
Todas as seis montadoras vão se reunir na quarta para discutir medidas de contenção de gastos, incluindo manter as motos de 2020 por mais um ano
A pandemia do Covid-19, que parou países inteiros ao redor do mundo, infectando mais de 1,3 milhão de pessoas, impactou as oito primeiras etapas da temporada de 2020 da MotoGP, seja por adiamento ou por cancelamento.
Isso levou a um desastre financeiro em potencial para todas as equipes, com a Dorna Sports entrando com um pacote de auxílio financeiro de mais de 50 milhões de reais para as equipes satélites / independentes, além das equipes da Moto2 e Moto3, com duração de três meses.
Como forma de tentar reduzir a pressão financeira sobre as montadoras, que precisam desenvolver as motos de 2021 enquanto não há geração de renda, e sem a garantia de que haverá corridas nesse ano, a Associação de Montadoras (MSMA) vai discutir várias medidas nesta quarta-feira (08) para reduzir os custos.
O Autosport / Motorsport.com apurou que uma das principais propostas de cortes de gastos que será discutida é congelar o desenvolvimento do motor, para que o atual seja usado no próximo ano.
No mês passado, a FIM confirmou que os motores de equipes independentes haviam sido homologadas na quinta-feira anterior ao cancelado GP do Catar - seguindo o regulamento.
A proposta da MSMA manteriam os motores que estão atualmente homologados, e continuam no Catar, sendo usados em 2020 e 2021 para as montadoras não concessionais, Honda, Yamaha, Suzuki e Ducati, com o desenvolvimento dos motores de 2022 sendo permitido apenas no próximo ano.
Além disso, um congelamento do desenvolvimento da aerodinâmica para o mesmo período também estará em discussão.
Sob as regras atuais, as montadoras não concessionais devem submeter uma especificação de carenagem aerodinâmica para uso no início da temporada, juntamente com as especificações do motor. A partir daí, eles podem fazer uma mudança durante a temporada.
Foi apurado que a Aprilia e a KTM, que são consideradas montadoras concessionais, terão a permissão para desenvolver esses elementos. Elas são classificadas como montadoras concessionais por serem novas montadoras ou montadoras que não vencem corridas da MotoGP desde 2013.
O Autosport / Motorsport.com apurou que cinco das seis montadoras já haviam sinalizado positivo para a proposta, mas as discussões serão aprofundadas via teleconferência na quarta.
A MSMA não poderá decretar nenhuma das propostas: a decisão final é da Comissão de Grandes Prêmios, que consiste em representantes da Dorna, da FIM, da Associação Internacional de Equipes de Corrida (IRTA) e a MSMA.
Foi apurado que o CEO da Dorna, Carmelo Ezpeleta está ciente da reunião da MSMA, enquanto uma fonte próxima da FIM falou ao Autosport / Motorsport.com: "É um movimento lógico e estão trabalhando em cima disso, mas ainda não foi tomada uma decisão final".
"Se acontecer, a temporada 2020 deve ser reduzida, e mantendo os motores congelados por mais um ano seria a ação mais sensata".
Recentemente, o CEO da Aprilia, Massimo Rivola havia afirmado que a MotoGP seguir o caminho da Fórmula 1 na extensão do uso das máquinas atuais em um ano não era uma ideia ruim.
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