Conheça as mulheres do Rally Dakar 2018
Um total de 13 mulheres vão largar em Lima (Peru) em 6 de janeiro, rumo ao sonho e buscando se destacar no rali mais difícil do planeta
A presença feminina no Dakar nunca foi abundante, mas após uma tendência negativa desde 2015, a 40ª edição apresenta uma recuperação nas inscrições femininas, com um total de 13 mulheres que lutarão entre as dunas, o calor e as chuvas.
Em 2015, foram 11 as inscritas na corrida mais difícil do mundo, para cair para dez participantes um ano mais tarde e alcançar o pico mais baixo nos últimos anos em 2017, com apenas nove mulheres entre os 491 competidores.
Neste 2018, há 13, entre pilotos e navegadores, presentes nos 341 veículos inscritos (142 em motocicletas, 50 em quadriciclos, 92 carros, 13 SxS e 44 caminhões). Assim, dos 545 participantes, 2.39% são mulheres.
Na categoria motos, diante das três guerreiras que participaram há um ano, quatro largarão. Laia Sanz continua a ser o ponto de referência para todas elas, após o seu nono lugar em 2015 e depois de completar sete edições do Dakar em que participou (16º em 2017). A catalã também conseguiu o melhor resultado feminino em uma prova do Campeonato Mundial FIM Cross Country ao ser terceira colocada na caótica terceira etapa do Rali OiLibya do Marrocos.
Rosa Romero, com a HIMOINSA, vai disputar seu sétimo Dakar depois de terminar as últimas três edições, e será acompanhada pela checa Gabriela Novotna (estreante) e pela holandesa Mirjam Pol (terceiro Dakar após sua estreia em 2006 e pela vitória na categoria feminina em 2009), ambos com Husqvarna.
Nos carros, Cristina Gutiérrez (segundo Dakar), que busca lutar pela categoria T1S depois de fazer história em 2017, a argentina Alicia Reina (quinto Dakar) e a apresentadora de TV peruana Fernanda Kanno (estreante) ficarão ao volante. Serão acompanhadas pelas navegadoras Maria del Huerto (terceiro Dakar) e Eugenie Decré. Elas representam 2,59% dos inscritos nos carros.
"Eu acredito que é uma barreira que todos estamos tentando quebrar, que há cada vez mais mulheres e que não é exótico ter mulheres no Dakar", diz Marc Coma, diretor esportivo do Dakar, para a EFE.
"Logicamente, teremos competidores de um nível muito alto, mas é hora de aumentar a quantidade. Acho que seria uma boa noticia ter tantas mulheres quanto possível nos próximos anos. Esta seria a prioridade, sem renunciar logicamente à qualidade".
A experiente italiana Camelia Liparoti, este ano, muda seu quadriciclo habitual, com a qual disputou nove Dakar, terminando 13º na categoria em 2017, por um SxS da Yamaha com Manuel Lucchese.
Assim, a boliviana Suany Martinez, que estreou em 2017 com abandono no estágio 2, será a única mulher com experiência anterior no quadriciclo com Can-Am. Junto a ela estreará Olga Rouckova, de 33 anos, que competiu no Rally Merzouga em 2017 e que disputou o Campeonato Europeu da FIM por três temporadas.
Nos caminhões, estará a estreante italiana Raffaele Cabini, acompanhando seu pai e Giulio Verzeletti no cockpit do Mercedes Unimog.
Somente nas edições de 1995, 2003 e 2004, não havia mulheres na competição. O Dakar é solidão e desafio para todos. A dureza do deserto e do continente sul-americano não distingue os sexos.
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