Drugovich admite que não esperava domínio e mira F3 em 2019

Brasileiro, novo campeão da Euroformula F3 Open, falou sobre conquista e sobre objetivos para o próximo ano

Felipe Drugovich comemora título da Euroformula F3 Open

Felipe Drugovich trouxe o primeiro título para o automobilismo do Brasil em 2018, ao conquistar a Euroformula F3 Open no último fim de semana em Monza, na Itália. A conquista veio com duas etapas de antecedência, após 10 vitórias em 12 provas, chegando também na segunda colocação em duas oportunidades.

Vivendo grande momento na carreira, já que ele também faturou a MRF Challenge no início do ano, Drugovich falou com a equipe do Motorsport.com Brasil sobre seu mais novo triunfo.

“Acho que foi uma temporada muito boa. Um dos motivos do nosso sucesso foi o entrosamento com a equipe. O clima era sempre muito bom e acho que isso melhora a produtividade do trabalho, acertando o carro e fazendo minha parte, então acho que isso foi uma vantagem que nós tivemos nesse ano. “

A Euroformula F3 Open não era estranha aos olhos do piloto brasileiro. No fim do ano passado, ele fez duas corridas na última etapa do campeonato em Barcelona e conquistou uma vitória e uma pole position. Para ele, essa experiência inicial foi fundamental para tamanho sucesso em 2018.

“A última etapa do campeonato que fiz no ano passado ajudou. Se você faz um fim de semana de corrida vale muito mais [do que testes]. Isso me ajudou a começar o ano com um passo à frente.”

Com a equipe RP Motorsport, tanto no ano passado, como neste ano, Drugovich sabia que poderia estar à frente, mas não de uma maneira tão avassaladora.

“Eu achava que ia ficar na frente, mas nem tanto, para dizer a verdade. Como no ano passado eu já tinha ido bem e o pessoal deste ano se mostrou muito bem nos treinos, então eu achei que seria difícil, mas sabia que estaríamos na frente. Tudo se encaixou muito bem.”

América não faz parte dos planos

Concomitante ao campeonato em que se sagrou campeão, Drugovich também se aventurou na Pro Mazda, nos Estados Unidos. Ele fez uma única etapa de rodada dupla, em Mid-Ohio. Com 14 carros no grid, o piloto de Maringá  foi o sétimo colocado na primeira prova e conseguiu a quinta colocação na segunda.

“O fim de semana foi bem estranho, para dizer a verdade. A gente não conseguiu acertar o carro direito com a minha guiada. Treinamos na quinta-feira e perdemos boa parte do dia tentando resolver um problema na caixa de câmbio. Para me acostumar foi difícil, porque é um carro muito diferente, em comparação a um F3 e foi difícil para acertar o carro.”

“Mas foi uma boa experiência, deu para ver como é o ambiente de lá, que é muito legal, completamente diferente do europeu.”

2019 e além

Mesmo tendo a experiência em uma das categorias de base da Indy, os monopostos norte-americanos não estão nos planos de Drugovich.

“Por enquanto, não estamos visando Estados Unidos. Estamos mirando o ambiente europeu, provavelmente a F3 Internacional.”

“Esta categoria vai ser praticamente uma GP3, com carro com o mesmo motor, o mesmo câmbio, mesmo pneu, só vai mudar o chassi e um pouco da parte aerodinâmica. Não é certeza de que vou correr de F3, mas é esse o caminho que estamos seguindo.”

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Erick Gabriel
Eurofórmula Open
Felipe Drugovich
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