Análise
Fórmula 1 GP do Canadá

A Mercedes vai conseguir superar os 1000 cavalos com novo motor?

Fabricante alemã traz sua primeira atualização na unidade de potência para o GP do Canadá e espera manter domínio sobre os rivais

Mechanics at work on the car of Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W10, in the garage

Análise técnica de Giorgio Piola

Análise técnica de Giorgio Piola

Após seis corridas nas quais a Mercedes se manteve imbatível, as flechas de prata de Lewis Hamilton e Valteri Bottas contarão com uma atualização no Canadá que, em teoria, lhes dará mais potência e pode ampliar a vantagem sobre os rivais.

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A marca alemã será a última a estrear sua segunda versão do motor, depois dos rivais anteciparem as estreias de suas unidades de potência. A Ferrari antecipou sua atualização para o GP da Espanha. A Renault também teve que mudar seus motores antecipadamente depois dos problemas de confiabilidade que surgiram em Baku. E a Honda havia previsto que daria os novos motores à Red Bull e Toro Rosso no Azerbaijão.

Toto Wolff, chefe da Mercedes, reiterou que não se pode descartar seus rivais apesar das dificuldades que têm experimentado neste início de temporada, em que nada tem sido capaz de tirar vitórias da equipe alemã.

“O Canadá é a sétima prova da temporada e estamos começando a ver mais claramente as forças e fraquezas do nosso carro. Nas últimas seis corridas fomos muito fortes nas curvas, mas perdíamos tempo nas retas. Isso fará que o Canadá seja um grande desafio para nós, já que as características da pista poderiam favorecer nossos oponentes: Há retas muito longas e poucas curvas”.

Enquanto a Ferrari espera começar uma virada em sua temporada a partir de Montreal, já que o carro da equipe italiana é muito menos castigado na pista do que o habitual, tendo em conta a influência da aerodinâmica no circuito, a Mercedes parece querer dar uma resposta e prolongar sua sequência de vitórias.

Cabe recordar que devido as restrições do regulamento que impedem a queima de lubrificantes, as unidades de potência de 2019 que começaram o campeonato perderam um pouco de potência em relação aos anos anteriores, caindo abaixo dos 1000 cavalos de potência.

Agora, com a primeira evolução de 2019, a Mercedes aponta que poderá superar a marca, chegando a 1020 CV. Isto seria possível graças a adoção de pistões de liga de aço duplo e um material diferente que permitiria elevar a pressão na câmara de combustão a níveis superiores aos da Ferrari, com a intenção de voltar a ter o melhor motor do grid.

As mudanças afetam toda a área de combustão, já que se trabalhou na zona dos escapes com impressoras 3D com novos materiais que permitem a poupança de peso. Será interessante saber qual será o resultado em termos de rendimento deste segundo motor da temporada e se o consumo de combustível será afetado, já que o motor deste ano era especialmente econômico, tendo terminado o GP da Espanha com 8 Kg de gasolina no tanque.

Mercedes W10: retrotreno

Mercedes W10: retrotreno

Photo by: Giorgio Piola

 

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