Memória: Há 27 anos, Senna vencia no Brasil e encontrava Fangio no pódio
Ayrton Senna conquistou no GP do Brasil de 1993, sua segunda vitória em casa e no pódio teve um encontro emocional com Juan Manuel Fangio
Os dias de domínio da McLaren haviam acabado, passando o bastão de melhor time da F1 para a Williams. Ayrton Senna veio de uma temporada de 1992 em que teve o menor número de vitórias desde que ingressou na equipe de Woking e tecnicamente passou por um ano de transição, pilotando um motor Ford, após o término da parceria com a Honda.
O início do campeonato de 1993 confirmou que a situação continuaria semelhante à temporada anterior, pois Alain Prost venceu o GP da África do Sul na abertura do ano em Kyalami, com uma vantagem de 1min19s824 sobre Senna.
A próxima parada seria o GP do Brasil em Interlagos, circuito que Senna havia ajudado a redesenhar anos antes.
Na classificação, a superioridade da Williams-Renault voltou a ser visível, com Prost e Damon Hill na primeira fila, com o francês sendo quase dois segundos mais rápido que Senna, seu rival mais próximo, em terceiro.
A única coisa que alimentou a esperança dos milhares de torcedores presentes em Interlagos no domingo foi a possibilidade de chuva, a maneira pela qual Senna, com seu conhecido talento em pista molhada, poderia ter alguma esperança de vitória.
Prost permaneceu na liderança no começo e Senna conseguiu ultrapassar Hill para ficar em segundo lugar, mas o brasileiro foi ultrapassado pelo britânico e também por Michael Schumacher.
Parecia indicar que seria uma tarde frustrante para Ayrton, que até recebeu uma penalidade por passar um retardatário sob bandeiras amarelas, mas a chegada da chuva no meio da corrida mudou completamente a equação e até causou o abandono de Prost, enquanto liderava, perdendo o controle quando ainda usava pneus macios e tocando na Minardi de Christian Fittipaldi, justamente quando Aguri Suzuki se perdeu na reta principal, causando a entrada do Safety Car.
Hill foi o líder no recomeço, mas Senna aproveitou as mudanças nas condições de pista molhada para pista seca para superá-lo na volta 42 e seguir para a vitória. Mas se é Senna no Brasil, você precisa sofrer primeiro. Nas voltas finais, o alarme da pressão do óleo disparou na McLaren, colocando dúvidas sobre a vitória do tricampeão, que finalmente cruzou a linha de chegada primeiro, mas seu carro parou 50 metros depois.
Na cerimônia do pódio, houve uma reunião entre Senna e Juan Manuel Fangio, que tinham um relacionamento de profunda amizade e respeito mútuo. O argentino foi convidado a entregar o troféu à equipe vencedora, que foi recebido por Ron Dennis para comemorar a 100ª vitória da McLaren na F1 e depois foi cumprimentar Senna, que desceu do degrau mais alto e o abraçou. A maneira perfeita de Senna para encerrar uma tarde inesquecível em seu país.
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