Agressividade de Kvyat criou pressão desnecessária, diz Tost
Chefe da Toro Rosso explica que excesso de vontade do russo no início dos GPs desencadeou má fase, mas diz que ainda acredita no potencial do piloto
Ex-piloto da Toro Rosso, Daniil Kvyat se colocou sob uma “pressão desnecessária” ao assumir muitos riscos durante as largadas de GP, segundo o chefe da equipe italiana, Franz Tost.
Kvyat foi rebaixado da Red Bull para a Toro Rosso no ano passado, após um acidente no GP da Rússia em que colidiu com duas vezes com Sebastian Vettel na volta de abertura.
Ele também teve dois grandes acidentes na primeira volta em 2017, eliminando Fernando Alonso, da McLaren, e Max Verstappen, da Red Bull, na primeira curva do GP da Áustria, além de colidir com o companheiro de equipe, Carlos Sainz, no GP da Inglaterra.
“Às vezes ele era agressivo demais no começo das corridas”, disse Tost ao site oficial da F1.
“A primeira curva era seu ponto fraco. Ele queria demais nos primeiros 100 metros – sucesso a qualquer custo. Isso te coloca sob pressão, pressão desnecessária, e isso nunca funciona.”
Consideravelmente superado nos pontos por Sainz desde que foi rebaixado, Kvyat acabou dispensado do programa da Red Bull no estágio final da campaha de 2017.
Ele é visto como um candidato, mas não como favorito, à única vaga que está em aberto no grid de 2018 da F1, na Williams.
Apesar de ter dispensado o russo, Tost disse que Kvyat merece uma outra chance na F1.
“Eu ainda estou convencido de que Daniil tem uma grande velocidade natural. Ele às vezes era mais rápido do que Daniel Ricciardo [na Red Bull], mas, de alguma forma, no ano passado e neste ele não conseguiu mostrar o potencial que está dentro dele.”
“Ele se envolveu em muitos acidentes, mas, em sua defesa, eu também devo dizer que ele teve muitos problemas de confiabilidade que não o ajudaram a construir sua confiança.”
“Ser a vítima de vários incidentes matou a performance que ele seria capaz de mostrar. Talvez após um pequeno tempo para se organizar e provavelmente veremos Daniil de volta às suas performances de costume com outras equipes.”
Ao substituir Kvyat e Sainz – que acabou emprestado à Renault – com dois pilotos novatos, Pierre Gasly e Brendon Hartley, a Toro Rosso terminou 2017 com uma formação totalmente diferente daquela com que começou o ano, o que Tost admitiu ter sido “duro de engolir”.
A equipe ainda enfrentou uma decepção no fim da temporada, quando perdeu o sexto lugar nos construtores para a Renault na última etapa, em Abu Dhabi.
“Vemos em outros times que, para ter sucesso, uma certa dose de estabilidade é crucial”, disse Tost.
“Esse é um luxo que nunca tivemos – especialmente nesta temporada. Mudar os dois pilotos durante uma temporada é duro de engolir, já que tem grande impacto na performance do time.”
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