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Fórmula 1 GP da Alemanha

Alfa Romeo apresenta recurso contra punições do GP da Alemanha

Time já havia notificado a Federação Internacional do Automobilismo de que iria recorrer e agora formalizou o pedido

Kimi Raikkonen, Alfa Romeo Racing C38, leads Antonio Giovinazzi, Alfa Romeo Racing C38

A Alfa Romeo confirmou que vai seguir em frente com uma apelação contra as penalidades impostas a Kimi Raikkoken e Antonio Giovinazzi no GP da Alemanha. Os dois pilotos do time suíço caíram de sétimo e oitavo para 12º e 13º na prova de Hockenheim após receberem uma punição de 30 segundos no tempo de prova por conta de uma violação das regras do uso da embreagem.

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Os fiscais da FIA afirmaram que a embreagem dos dois carros estava operando em modo que pode ter dado uma potencial vantagem nas relargadas em pista molhada após cada uma das saídas do safety car, que foi acionado várias vezes durante a corrida.

No dia em que a punição foi aplicada, o chefe de equipe da Alfa Romeo, Frederic Vasseur, disse que a situação na embreagem foi causada por algo além do controle e que o time possuía evidências que poderiam cancelar a penalidade.

Vasseur disse: “A situação surgiu durante as voltas que rodamos atrás dos safety car antes da largada da prova. Nós sofremos com uma disfunção na embreagem que estava além de nosso controle e nós vamos investigar o problema mais a fundo”.

“Nós respeitamos o processo da FIA e o trabalho dos comissários, mas nós vamos apelar desta decisão já que acreditamos que temos fundamentos e evidências para alterar a decisão. Entraremos em contato com a FIA para tratar do assunto em breve”.

Depois de apresentar uma notificação da apelação no domingo à noite, ainda na Alemanha, a equipe confirmou antes do GP da Hungria que havia formalmente apresentado papelada para confirmar continuará com o assunto.

Uma declaração curta no Twitter disse: “A Alfa Romeo Racing interpôs recurso contra a decisão nº 56 e 57 dos comissários do GP da Alemanha de 2019”.

 

 

Apelações pós corrida não costumam funcionar

A história da F1 mostra que raramente as decisões dos comissários são revertidas. Neste ano a Ferarri tentou reverter a punição aplicada a Sebastian Vettel no Canadá e teve seus argumentos rebatidos pela equipe da FIA. Confira outros casos emblemáticos na galeria abaixo:

GP da Inglaterra, 1976
James Hunt se envolveu em batida que gerou bandeira vermelha logo após a largada. O britânico cortou caminho para voltar aos boxes e fazer reparos em sua McLaren. Os comissários disseram que ele não poderia relargar por ter ido para o pit sem completar uma volta, mas a torcida se revoltou. Com medo de piores consequências, os comissários voltaram atrás
GP da Inglaterra, 1976
Após a relargada, Hunt venceu, com Niki Lauda em segundo com a Ferrari. Dois meses depois, o britânico foi desclassificado e a vitória foi herdada por seu rival austríaco. O resultado se deu por um processo movido por várias equipes, inclusive a Ferrari
GP do Brasil, 1982
Defendendo seu título mundial, Nelson Piquet foi o grande vencedor em Jacarepaguá, seguido por Keke Rosberg. Só que ambos foram desclassificados por seus carros estarem abaixo do peso. Com isso, Alain Prost herdou o triunfo
GP do Brasil, 1982
Houve recurso contra as desclassificações, mas os tribunais da FIA mantiveram a decisão sete meses depois, para azar de Piquet
GP do Japão, 1989
Este é um dos casos mais icônicos da história da Fórmula 1. Na famosa corrida que decidiu o título de 1989 no auge da rivalidade entre Ayrton Senna e Alain Prost, o brasileiro venceu na pista, mas não ficou com o triunfo. Depois de Prost jogar sua McLaren contra o companheiro na volta 46, o brasileiro cortou a chicane e retornou ao circuito para vencer a prova. Não por muito tempo
GP do Japão, 1989
Após o encerramento da corrida, Senna foi desclassificado por cortar o caminho e a vitória caiu no colo do italiano Alessandro Nannini, da Benetton. Bom para Prost, que estava perdendo o título, mas acabou a temporada na ponta após a decisão da FIA, na época presidida por seu amigo e conterrâneo Jean-Marie Balestre
GP do Canadá, 1990
Na pista, a corrida em Montreal foi vencida pelo companheiro e amigo de Senna, Gerhard Berger. Entretanto, o austríaco tomou punição de 25 segundos por queima de largada e caiu para quarto, legando a vitória ao brasileiro, que rumava para o bicampeonato
GP da Bélgica, 1994
Na prova em que o então piloto da Jordan Rubens Barrichello fez sua primeira pole position na F1, Michael Schumacher, que largou em segundo com a Benetton, foi o vencedor. Mas o alemão não ficou com o triunfo em Spa-Francorchamps
GP da Bélgica, 1994
Logo após a corrida, a Benetton do piloto foi checada e se descobriram irregularidades no assoalho, que levaram a uma desclassificação de Schumacher. Com isso, Damon Hill herdou a vitória para a Williams
GP da Bélgica, 2008
Naquela corrida, a chicane vitimou o vencedor uma vez mais. Lewis Hamilton venceu na pista, mas o então piloto da McLaren recebeu punição de 25 segundos por cortar a chicane para ultrapassar o campeão Kimi Raikkonen
GP da Bélgica, 2008
Com o gancho, o britânico caiu para terceiro, promovendo Felipe Massa ao primeiro posto com a Ferrari. Nick Heidfeld ficou em segundo com a BMW Sauber. A McLaren recorreu, mas sem sucesso. Mais uma tentativa em vão na história da F1
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