Alonso acredita que F1 já deveria ter pensado em curvas inclinadas antes de Zandvoort
Espanhol elogiou novidade que estreou no GP da Holanda e acredita que ideia funciona melhor do que outras modificações adotadas ao longo dos anos
Fernando Alonso diz que o sucesso das curvas diferentes de Zandvoort o deixa "triste" pelo fato da Fórmula 1 ter passado os últimos anos se concentrando em viradas menos inclinadas. Um dos principais pontos de discussão sobre o retorno da categoria ao GP da Holanda no último fim de semana foi como as novas características do traçado transformaram a natureza da pista.
Além das mudanças na Arie Luyendyk, que ajudaram um pouco a aumentar as chances de ultrapassagem, foi a inclinação mais ambiciosa da curva 3 que provou ser um ponto de discussão maior. Os pilotos puderam experimentar diferentes linhas na denominada Hugenholtz e isso até ofereceu a chance de algumas oportunidades de ultrapassagem ousadas pelo lado de fora.
Alonso, que foi um dos mais rápidos no local durante todo o fim de semana, ficou entusiasmado com o que experimentou em Zandvoort. Segundo o espanhol, futuros circuitos deveriam seguir o modelo e abandonar o conceito onde se acreditava que um desafio maior seria entregue nas curvas menos inclinadas.
"Ajuda a natureza da corrida", disse ele. "Permite acelerar nas curvas, uma melhor gestão de pneus, aerodinâmica e tudo mais. Algo que não estamos habituados."
"Nos últimos anos, construímos pistas com curvas irregulares, que dava o efeito contrário, e agora estamos todos felizmente surpresos com as inclinadas. Então sim, me deixa ainda mais triste porque insistimos na ideia antiga."
Enquanto alguns sugeriram que a velocidade de Alonso na curva 3 foi auxiliada por sua experiência em corridas em Indianápolis, o piloto da Alpine disse que o maior benefício veio de assistir a algumas imagens de vídeo das categorias juniores.
Questionado sobre o conhecimento de ovais que poderia trazer da IndyCar, ele disse: "Não há nada realmente comparável entre as duas categorias. A velocidade na outra é muito maior e o nível de downforce é muito diferente."
“Na Indy, não adianta fazer muito por fora, enquanto em Zandvoort era possível fazer mais aberto, porque havia degraus diferentes na inclinação."
“Assisti um pouco da Fórmula Renault lá e no TL1 tentei linhas diferentes, que pareciam funcionar bem. Foi divertido porque você sente a compressão ali e há um sentimento diferente", concluiu.
A categoria de base a que Fernando se refere correu no autódromo em 2020, em um fim de semana que teve vitória do brasileiro Caio Collet, hoje na Fórmula 3.
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