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Alonso explica ‘más decisões’ na F1: "Sempre fui 100% convicto"

Espanhol sempre foi criticado pelas deisões de mudança de equipe na Fórmula 1, mas respondeu àqueles que o contestam

Fernando Alonso assiste treino de uma cadeira no circuito após ter que parar

Uma das críticas constantes que Fernando Alonso recebe se trata de suas decisões, sempre valorizadas quando acontecem, mas que mais tarde se mostraram ser um erro.

Em termos gerais, Alonso deixou a McLaren um ano antes da equipe ser campeã com Lewis Hamilton, em 2008. Ele teve ofertas para ir para a Red Bull quando ainda não era o time multicampeão, e poderia ter assinado com a Honda antes de se tornar Brawn, time que dominou 2009 e mais tarde se tornou a toda poderosa Mercedes.

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A decisão de deixar a McLaren foi praticamente forçada pelo clima que se criou na equipe. E em relação às outras duas, nem mesmo com uma bola de cristal alguém teria imaginado, durante o reinado da Ferrari, que a Fórmula 1 nos próximos 15 anos seria protagonizada por uma equipe de energéticos que nem existia como tal, e um gigante alemão que na época era ‘apenas’ um time de primeira linha.

Além disso, especificamente, cabe esclarecer que a oferta da Honda surgiu em meados de 2008, quando a equipe japonesa se viu atolada em uma grande crise que ocasionou sua saída da F1 e posterior ressurreição como Brawn GP.

Anos depois, Alonso deixaria a Ferrari e a escuderia voltaria a vencer corridas e brigar pelo título, mas nunca puderam com a Mercedes e na verdade ficaram mais longe do mundial do que em 2010 e 2012. Portanto, a história também não tirou sua razão.

Em entrevista ao jornal El Mundo, Alonso analisou as decisões ‘erradas’ de sua carreira e defendeu as boas novas que vieram depois de cada período: “Com o tempo, você sempre mudaria as coisas, mas no momento que decidi, fiquei 100% convicto. Não 50-50% e pensando, não, não. Ficou claro para mim, achei que era o melhor."

“E essas decisões me levaram a outros destinos. A questão da McLaren em 2007 foi o melhor para nós dois. Nunca se sabe, mas se tivesse continuado lá em 2008, o ano teria sido tremendamente difícil e com uma qualidade de trabalho horrível. E nesses casos, você deve colocar tudo na mesa. E, talvez, graças a isso depois me tornei piloto da Ferrari, porque quando voltei para a Renault [em 2008] as conversas [com a Ferrari] começaram. Portanto, se eu não saísse da McLaren naquela época, eu poderia nunca ter corrido pela Ferrari, o que considero uma experiência vital para qualquer piloto."

Além das ofertas mencionadas, o próprio Alonso revelou na época que para 2015 a Mercedes propôs uma 'troca' à Ferrari entre os espanhóis e Hamilton, mas os italianos se opuseram e o asturiano acabou na McLaren. 

Era uma aposta arriscada, mas o retorno da Honda à F1 convidava ao otimismo, era razoável apostar. Na Fórmula 1 não correu como o esperado, mas as portas que aquele movimento abriu anos depois colocam Alonso totalmente na história de outras categorias míticas.

Na mesma entrevista, Alonso explica: “Quando deixei a Ferrari em 2014, tive uma péssima temporada com a McLaren com o motor Honda. Foi difícil parar de subir ao pódio, mas ao sair da Ferrari, corri as 500 milhas, porque a McLaren tinha esse plano. E também a McLaren me deixou correr no WEC e graças a isso fui campeão mundial de endurance e vencedor das 24 Horas de Le Mans duas vezes."

“Muitas das decisões não tiveram um resultado positivo imediato, mas no longo prazo me ofereceram outras possibilidades como piloto. Experiências das quais tenho muito boas lembranças”, concluiu Alonso.

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Jose Carlos de Celis
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