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Fórmula 1 GP do Bahrein

Análise: a F1 precisa mesmo de carros mais rápidos em 2017?

Depois que Lewis Hamilton quebrou o recorde da pista do Bahrein, a F1 está no caminho certo ao buscar carros mais velozes a partir de 2017? O editor do Motorsport.com, Jonathan Noble, investiga

Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 Team
Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 Team W07
Kimi Raikkonen, Ferrari SF16-H
Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 Team W07
Max Verstappen, Scuderia Toro Rosso STR11
Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W07 Hybrid locks up under braking
Kimi Raikkonen, Ferrari SF16-H and Valtteri Bottas, Williams FW38
Jenson Button, McLaren MP4-31 and Stoffel Vandoorne, McLaren MP4-31
Max Verstappen, Scuderia Toro Rosso STR11
Daniel Ricciardo, Red Bull Racing RB12
Lewis Hamilton, Mercedes AMG F1 W07 Hybrid with a damaged floor
Esteban Gutierrez, Haas F1 Team VF-16
Sebastian Vettel, Ferrari SF16-H
Sergio Perez, Sahara Force India F1 VJM09
Kevin Magnussen, Renault Sport F1 Team RS16
Romain Grosjean, Haas F1 Team VF-16

A busca da F1 em ter carros que são até cinco segundos mais rápidos por volta em 2017 já provocou preocupações de pilotos sobre o impacto no downforce em uma ultrapassagem.

Mas, além disso, uma redução intrigante de tempos de volta este ano - que finalmente permitiu a geração de híbridos a bater alguns recordes antigos - adicionou uma nova dinâmica ao debate sobre se as mudanças para o próximo ano são necessárias.

Afinal, se Lewis Hamilton foi capaz de quebrar um recorde de 11 anos (alcançado por Mark Webber em treino livre de 2005) no Bahrein, há um forte argumento para sugerir que os carros atuais são muito rápidos, de qualquer maneira.

Abaixo, vamos dar uma olhada em alguns dados.

Recordes de Hamilton

Com o fiasco dos treinos de classificação dominando a agenda de sábado, o ritmo dos carros de 2016 tem sido um pouco esquecido.

Tomando o GP do Bahrain como exemplo, o tempo da pole baixou em mais de três segundos em apenas dois anos.

Em 2014, Nico Rosberg pôde largar na frente com 1m33s185. No ano passado, Lewis Hamilton levou o primeiro lugar com 1m32s571, enquanto que o tempo no início deste mês foi de 1m29s493.

A volta brilhante do sábado à noite foi 0s034 mais rápida do que a de Mark Webber em 2005. Assim, existe uma necessidade para eles para serem mais rápidos?

Na verdade sim.

Ritmo de corrida

A necessidade de se conservar os pneus e combustível deixaram os GPs sem que os carros pudessem entregar toda sua potência. E embora nos treinos os híbridos já mostraram sua força, as estratégias acabam ocasionando essa economia de força e performance.

"São, obviamente, coisas completamente diferentes", disse Kimi Räikkönen sobre a diferença do carro de 2005 com o de hoje. "Em 2005 tínhamos na classificação o combustível que corríamos. Você não pode comparar.

"Mas, obviamente, em uma volta o carro pode ser bastante rápido, mas na corrida vamos colocar no carro uma grande quantidade de combustível e todo o resto que o deixa muito, muito mais lento, de modo que esta é a grande diferença. Os tempos de corrida estão nem perto do que estamos habituados a fazer."

Comparação com 2005

Um rápido olhar para o ritmo de corrida no início deste ano do GP do Bahrain e como era em 2005, mostra exatamente o que Raikkonen está se referindo.

Nas primeiras 10 voltas de 2005, em que Alonso começou com sua primeira carga de combustível que ele havia classificado, suas voltas foram: 

Alonso (Bahrain 2005)   Rosberg (Bahrain 2015)
1m36.403s Volta 1 (+3.055s) 1m39.458s
1m33.954s Volta 2 (+4.195s)
1m38.149s
1m33.559s Volta 3 (+4.172s)
1m37.731s
1m33.206s Volta 4 (+4.277s)
1m37.483s
1m33.218s Volta 5 (+4.455s)
1m37.663s
1m33.174s Volta 6 (+4.580s)
1m37.754s
1m32.894s Volta 7 (+4.893s)
1m37.787s
1m33.072s Volta 8 (+4.736s)
1m37.808s
1m33.368s Volta 9 (+4.806s)
1m38.174s
1m33.402s Volta 10 (+4.895s)
1m38.297s

 
Em apenas 10 voltas, o carro de Alonso de 2005 seria cerca de 45s mais rápido. Na verdade, o tempo da corrida foi de 1h29m18s531 foi mais do que quatro minutos mais rápido do que a 1h33m34s696 que deu a vitória a Nico Rosberg este ano.

Outras comparações mostram que o recorde de volta da corrida também é diferente: 1m31s447 de Pedro de la Rosa, em 2005, contra 1m34s482 de Rosberg este ano.

É claro, o diferencial de velocidade pode ser explicado por uma combinação de fatores óbvios: carros mais pesados, níveis de combustível maiores e uma filosofia diferente de pneus.

Mas isso mostra que, apesar do ritmo dos carros da F1 aos sábados, ainda há muito espaço para fornecer melhorias de velocidade em 2017,especialmente no dia da corrida.

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Jonathan Noble
Fórmula 1
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