Análise: Como halo abre possibilidades aerodinâmicas na F1
Para as equipes, o halo pode ser um desafio sob o ponto de vista estrutural, mas a introdução do dispositivo de segurança também abriu novas áreas para o desenvolvimento aerodinâmico
Como parte do pacote de regras que veio com o uso obrigatório do sistema de proteção do cockpit, o halo, as equipes receberam algum espaço para adicionar pequenos dispositivos aerodinâmicos, algo que já vimos nos testes.
Os designers da F1 podem criar áreas de até 20 mm da estrutura de titânio, desde que não se enquadrem no "modelo de capacete" onde poderiam atingir os pilotos em caso de batida.
Essa abertura na regra levou a um pensamento divergente, à medida que as equipes se propuseram a usar as mudanças na estrutura do fluxo de ar sobre o carro.
Após o teste de pós-temporada de Abu Dhabi no ano passado, ficou claro que, ao invés de se limitar a uma carroceria que agilizasse a estrutura interna, as equipes criariam carenagens com asas mais complexas para o halo.
A McLaren exibiu um bumerangue de três elementos em cima do seu halo durante o teste para o projeto de 2018. Cada um desses elementos termina ao lado do halo e, sem dúvida, libertará um efeito aerodinâmico muito específico para melhorar o fluxo.
É sutilmente diferente em sua abordagem, mas a Force India também testou uma asa de estilo bumerangue de três elementos, pois procura melhorar a trajetória do fluxo para a caixa de ar e asa traseira.
A Toro Rosso também nos deu uma prévia da sua parte aerodinâmica nos testes de Abu Dhabi, utilizando apenas um único boomerang no topo.
No entanto, durante o recente teste de Barcelona, o time acrescentou outra asa, como a imagem mostra.
A Toro Rosso tem uma solução bastante elegante quando se trata também dos pontos de montagem da traseira, à medida que a carroceria é emparelhada com outra alavanca para melhorar o fluxo.
Embora a maioria dos times tenham chegado à conclusão de que as asas são o caminho a percorrer, parece que a Haas tem outras ideias, no topo do halo do VF18, encontramos uma série de pequenos geradores de vórtices.
Uma configuração semelhante estava presente nos testes de pós-temporada e foi construído sobre uma linha de geradores de vórtices afixados ao lado da área de trás, perto do capacete.
Também vale a pena notar que a Haas optou por implantar uma espécie de para-brisas serrilhado.
O objetivo disso seria ajudar a alterar a interação do fluxo de ar com o capacete do piloto, que foi impactado pela introdução do halo.
Tanto a Williams, quanto a Renault, empregaram o uso de asas na borda do chassi (seta vermelha), alterando o fluxo de ar na borda do cockpit, pois atende o ponto de conexão traseiro do halo.
A Renault também usou outra asa no quarto dia de testes, localizado logo abaixo da caixa de ar (seta branca) que ajuda a controlar o fluxo que é derramado do capacete do piloto, melhorando a entrada da caixa de ar.
Algumas equipes ainda estão para mostrar novidades quando se trata de carenagem aerodinâmica, com a Ferrari e Sauber também optando por apenas um boomerang único em cima do halo nesta fase.
No entanto, espera-se que a Mercedes, Red Bull e Renault apresentem soluções no próximo teste para que estejam prontas para a primeira corrida na Austrália.
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