ANÁLISE: Qual poderia ser o plano B da Mercedes caso Hamilton saia da F1?
Equipe alemã teria algumas boas opções por perto caso necessário
A admissão do chefe da Mercedes, Toto Wolff, de que Lewis Hamilton estava "desiludido" após o eventos do GP de Abu Dhabi serviram para inflar as especulações sobre o futuro do heptacampeão na Fórmula 1.
Ao longo dos últimos dias, Wolff foi questionado diversas vezes pela imprensa para colocar um fim à ideia de que os acontecimentos de Yas Marina seriam suficientes para que ele abandonasse o esporte de vez.
Mas o mais enfático que Wolff pôde dizer foi: "Eu realmente espero muito que Lewis continue correndo, porque ele é o maior piloto de todos os tempos".
Desde a entrevista pós-corrida em Abu Dhabi a Jenson Button, Hamilton não disse nada publicamente sobre a derrota para Max Verstappen ou a decisão do diretor de provas Michael Masi de quebrar o protocolo determinado pelo regulamento no GP, mandando apenas alguns retardatários ultrapassarem ele para acelerar uma relargada na última volta.
O piloto da Mercedes sequer esteve presente na Cerimônia de Premiação da FIA na última quinta-feira em Paris, com sua ausência sendo investigada pela Federação como uma possível quebra do regulamento desportivo da categoria.
Mas Hamilton fez uma aparição na celebração da Mercedes pelo oitavo título de construtores consecutivo, feito na última sexta em Brackley e Brixworth, falando com os membros da equipe na despedida de Valtteri Bottas. Mas nenhuma de suas palavras foram tornadas públicas.
Enquanto Verstappen já tenha afirmando que espera que Hamilton tenha motivação e força para voltar e lutar pelo octa, no momento não há garantias disso acontecer, o que deixa Mercedes com uma dor de cabeça em potencial nas mãos caso o impensável aconteça.
Com todos os pilotos de ponta fechados com contratos para 2022, a ausência de Hamilton de uma das vagas mais cobiçadas do grid em um momento tão tardio certamente criaria uma incrível mini silly season, quando nomes são especulados aqui e ali.
Esteban Ocon, Alpine F1
Photo by: Jerry Andre / Motorsport Images
Caso fosse confirmado que Hamilton não retornaria, então as chances do celular de Wolff começar a tocar sem parar com ligações de pilotos que estão ou não no grid atual seriam enormes.
Desses com experiência recente sem contrato para 2022, é de se duvidar que Kimi Raikkonen teria o desejo de voltar à F1. Mas Nico Hulkenberg certamente poderia ser uma das opções, mesmo que a curto prazo.
Com o ainda jovem George Russell em um dos carros, a Mercedes certamente não gostaria de arriscar mais um nome sem uma grande experiência. Suas estrelas na Fórmula E, Nyck de Vries e Stoffel Vandoorne seriam opções relativamente fáceis caso necessário.
Mas o mais provável é que a Mercedes acabasse indo para alguém com um bom conhecimento dentro do grid atual e que tenha velocidade e experiência, o que deixam duas opções claras.
O primeiro seria buscar na Alpine alguém que já fez parte de sua Academia: Esteban Ocon. O francês teve um ano de altos e baixos, vencendo sua primeira corrida na Hungria e já conhece o carro da Mercedes há anos, tendo sido piloto reserva e de testes em 2019.
Um acordo para trazer Ocon para a Mercedes também livraria uma vaga em Enstone que a Alpine poderia preencher imediatamente com Oscar Piastri. O australiano teve um ano estrelar na F2, que o permitiu conquistar o título em sua temporada de estreia, mostrando que tem o talento para brilhar na F1.
Mas, do lado da Alpine, a equipe mostrou que investiu pesadamente em Ocon, entendendo que ele pode ser um nome forte, e é possível que o futuro da marca a longo prazo gire mais em torno dele do que de Fernando Alonso, cujo contrato chega ao fim em 2022. Então as chances de Ocon sair parecem bem remotas.
Valtteri Bottas testing an Alfa Romeo C39 mule car
Photo by: Zak Mauger / Motorsport Images
Em vez disso, uma solução óbvia para a Mercedes, e que pode atrair ambas as partes envolvidas, seria ter de volta a pessoa com a qual acabaram de se despedir.
Bottas assinou um contrato de longo prazo para correr com a Alfa Romeo, fazendo sua estreia nos testes de Abu Dhabi. Mas com sua experiência na Mercedes sendo maior que a de qualquer outro, podendo entrar no carro sem ter que passar meses de aclimatação, ele seria a escolha lógica para preencher a vaga no início de 2022.
Claro, seria necessário fazer um acordo com a Alfa Romeo, mas o chefe da equipe, Frédéric Vasseur e Wolff são bons amigos.
A Alfa Romeo poderia estar aberta a uma compensação financeira e uma solução temporária, e um benefício é que seria relativamente fácil trazer de volta Antonio Giovinazzi. Com o italiano mantendo sua relação próxima com a Ferrari, certamente haveria festa em Maranello se ele recebesse mais uma chance na F1.
Claro, o que é lógico na F1 nem sempre acontece, mas em um cenário de choque com Hamilton abandonando a F1, a Mercedes pelo menos teria em suas mãos uma solução sensata que a ajudaria a passar por 2022 pelo menos.
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