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Após acidente de Bianchi, FIA promete melhorar segurança na F1

Análise aprofundada da FIA leva a crer que primeira medição esteja errada após protetores de ouvido terem escorregado

Adrian Sutil, Sauber F1 Team, observa a equipe de salvamento trabalhando após o acidente com Jules B
Infográfico
Jules Bianchi, Marussia F1 Team MR03
Jules Bianchi, Marussia F1 Team MR03
FIA faz conferência de imprensa para discutira acidente envolvendo Marussia F1 Team piloto Jules Bianchi, no GP do Japão em Suzuka: Charlie Whiting, Delegado da FIA; Jean Todt, Presidente FIA; Jean-Charles Piette, Chefe médico da FIA; Dr Ian Roberts, médi
FIA faz conferência de imprensa para discutira acidente envolvendo Marussia F1 Team piloto Jules Bianchi, no GP do Japão em Suzuka: Charlie Whiting, Delegado da FIA; Jean Todt, Presidente FIA; Jean-Charles Piette, Chefe médico da FIA; Dr Ian Roberts, médi
Jules Bianchi, Marussia F1 Team MR03
Jean-Eric Vergne, Felipe Massa e Pastor Maldonado carregam caixão de Jules Bianchi
Sebastian Vettel, Romain Grosjean, Pastor Maldonado, Felipe Massa vão ao funeral de Jules Bianchi em Nice, França
Jules Bianchi, Marussia F1 Team

A FIA concluiu nesta quinta-feira uma investigação detalhada sobre o acidente que vitimou o francês Jules Bianchi no GP do Japão do ano passado. O objetivo é tentar entender com mais dados o que houve com o carro e o piloto.

Os resultados, publicados na base de dados global de acidentes da FIA, revelam como Bianchi teve azar de seu carro ter sido forçado para baixo pelo trator que retirava a Sauber de Adrian Sutil.

Impacto a 126 km/h

Os resultados da análise, publicados em um relatório exclusivo na revista alemã Auto Motor und Sport, revelaram que Bianchi perdeu o controle de seu carro a 213 km/h e bateu o trator a apenas 126 km/h, 2,61 segundos mais tarde.

A Marussia atingiu a grua em um ângulo de 55 graus, com o bico entrando embaixo da parte traseira do veículo. A força do impacto no carro foi de 58.8G, o que seria normal para um acidente em um objeto sólido, como uma barreira comum.

No entanto, a gravidade do acidente foi agravada pelo carro sendo forçado para baixo pelo veículo de remoção. Os resultados iniciais sugeriram que Bianchi havia sofrido um impacto de 92G no acidente. Porém, a FIA acredita agora que os seus tampões de ouvido - que têm sensores que medem a intensidade dos impactos – tenham escorregado no momento chave da batida, o que faz entidade acreditar que a intensidade do impacto foi maior.

Lições a serem aprendidas

Andy Mellor, que é vice-presidente da Comissão de Segurança da FIA, disse à Auto Motor und Sport: "O problema foi que a Marussia entrou parcialmente debaixo da haste do guindaste, e, portanto, foi pressionado de cima para baixo pelo trator.”

"Ele trabalhou como um freio, com uma desaceleração brusca. Neste ponto houve contato entre o capacete e a grua – algo que nunca vimos isso antes."

Peter Wright, chefe da Comissão de Segurança da FIA, disse que a entidade ainda quer aprender tudo o que for possível para prevenir acidentes fortes como este no futuro.

"Ainda é frequente o caso de que um acidente deva ocorrer primeiro para aprendermos com ele. Era um cenário que não podíamos imaginar anteriormente. É por isso que era muito importante investigarmos este acidente nos mínimos detalhes. Nós nunca investimos tanto tempo e esforço em uma análise."

Respostas da FIA para o acidente Bianchi já são vistas. A proteção de cabeça do cockpit para os pilotos foi melhorada, assim como a introdução do Safety Car Virtual, para frear os carros no caso de um veículo de recuperação na pista.

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