Após venda das ações da Mercedes, qual o futuro de Wolff na F1?

Antes do GP de Las Vegas de Fórmula 1, foi divulgado que o chefe da Mercedes, Toto Wolff, vendeu parte de suas ações da equipe para George Kurtz, CEO da Crowdstrike. Agora, muitos se perguntam: será que o austríaco está preparando sua saída?

Equipes de F1 não queimam mais dinheiro

O momento foi, sem dúvida, favorável para Wolff: atualmente, as escuderias valem mais do que nunca. Isso surpreende até o chefe da Mercedes: "Se alguém nos dissesse há cinco anos quais seriam as avaliações [de preço, o valuation] das equipes hoje, ninguém acreditaria".

Para Wolff, essas avaliações atuais resultam de uma "simples projeção da lucratividade". Ele explicou: "Com o teto de custos, nosso modelo de negócios mudou fundamentalmente. Em vez de nos superarmos sem limites, conseguimos aumentar receitas e fluxos de caixa livres. Aplicando os multiplicadores usuais do setor, chegamos a essas avaliações".

Wolff ressaltou: a F1 não é um caso isolado. Isso pode ser visto, por exemplo, nos EUA com as equipes de futebol americano da NFL. "Os Dallas Cowboys valiam três bilhões de dólares há cinco anos. Hoje valem doze bilhões, porque os números subjacentes mudaram. Por isso, não sei para onde isso vai levar", diz Wolff.

"Se continuarmos entendendo o que torna o esporte divertido e oferecendo um bom espetáculo, não há razão para que o esporte não continue crescendo como até agora. O mais importante é que mantenhamos nosso esporte sob a perspectiva correta". Qual seria essa perspectiva, porém, Wolff não revelou.