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Fórmula 1 GP da Turquia

Barrichello avisa que só segue na Williams se carro melhorar

Brasileiro vê com bons olhos as mudanças no comando da equipe, mas quer ver resultados concretos dentro da pista

A paciência de Barrichello com a Williams está acabando

Longe dos pontos nas três primeiras provas do ano, Rubens Barrichello não poderia estar satisfeito com o rendimento da Williams. O piloto brasileiro recebeu bem as mudanças que a equipe vem fazendo em seu corpo técnico, mas destacou que o carro precisa melhorar de fato para que ele possa se posicionar em relação ao futuro.

“Logicamente não estou feliz com o que aconteceu desde os treinos até a corrida da China. A gente não consegue traduzir o que tivemos nos testes, tem muita gente achando que os tempos que fizemos foram abaixo do peso, tentando arrumar patrocinador, o que é um pensamento bem infantil. Não aconteceu isso”, afirmou em entrevista ao TotalRace.

“Isso me traz muito descontentamento porque, mesmo com o piloto mais experiente ou o mais jovem do mundo, o carro não vai mudar. Nesse sentido, preciso muito que a Williams avance para que a gente possa chegar a um acordo. Do jeito que está, as coisas estão muito paradas, então não está valendo a pena. A gente tem muitas mudanças acontecendo e espero que tragam coisas boas, porque o carro tem de melhorar”, desabafou.

O piloto afirmou que ainda é cedo para dizer se as saídas do diretor técnico Sam Michael e do chefe de aerodinâmica Jon Tomlinson, programadas para o fim do ano, com a consequente chegada de Mike Coughlan, terão impacto positivo no time.

“O bom do Sam Michael ficar até o final ano é que ele não terá de se preocupar com o carro do ano que vem, o que faz com que o carro continue melhorando até o fim da temporada. Haverá outra equipe, com outro projetista, que vai bolar o carro do ano que vem. Por isso, a entrada do Mike Coughlan na equipe só deve ter frutos em 2012.”

Falando sobre a contratação de Coughlan, que foi punido pelo envolvimento central no escândalo de espionagem entre Ferrari e McLaren, em 2007, Barrichello não quis entrar em polêmica.

“A partir do momento que um personagem entra no time e o torna vencedor, o passado fica para trás. Não tenho nenhum problema com as pessoas que erraram no passado e que visam acertar no futuro. Se ele realmente trouxer benefícios, como acho que pode trazer, é muito bem-vindo.”

Em relação ao GP da Turquia, o brasileiro está preocupado com a interferência do frio no comportamento dos pneus.

“A curva oito praticamente determina todo o circuito, porque ela basicamente irá comer o pneu dianteiro. Se ele estiver abaixo da temperatura, certamente vai escorregar mais e a borracha vai embora. É meio atípico. Nunca tivemos frio na Turquia, então não sei se isso vai melhorar ou piorar a situação.”

Para Barrichello, os pneus macios continuam sendo a melhor alternativa.

“Como o pneu mole fica mais no trilho, ele gasta menos. O pneu duro esparrama muito mais, o que faz com que ele desgaste mais. Então deve ser pior com pneu duro do que com o mole. Temos dois jogos de pneus superduros para serem testados na sexta-feira, quando algumas avaliações para ver se ele será melhor para o futuro. Não acredito que, se for melhor para cá, eles vão conseguir fornecer para todos, mas pelo menos vamos testar.” 

(colaboraram Felipe Motta e Luis Fernando Ramos, de Istambul)

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Julianne Cerasoli
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Rubens Barrichello
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