Barrichello vê com naturalidade acidentes de Hamilton: “faz parte”
Brasileiro acredita que pilotos devam falar o que sentem, desde que não se arrependam depois: “silêncio é sempre a alma do negócio”
Na entrevista coletiva desta quinta-feira em Montreal, Rubens Barrichello afirmou que corridas como a de Lewis Hamilton em Mônaco, quando o inglês foi punido por incidentes com Pastor Maldonado e Felipe Massa, “fazem parte.”
“Se você tivesse o Hamilton largando em primeiro, segundo ou terceiro, que era onde ele deveria largar, você não teria visto isso. Agora, ele com um carro muito mais competitivo, largando de trás em um lugar em que não se ultrapassa muito bem, é normal que a gente visse algumas coisas acontecendo.”
Lembrado pelo TotalRace de que também concedeu entrevista logo após o GP da Alemanha, em 2009, criticando a Brawn, sua equipe na época, Barrichello afirmou que é preciso discernimento entre o que se pensa de cabeça quente e o que realmente incomoda.
“Naquele momento, eu falei com cabeça quente e continuei falando com cabeça fria depois. Agora, se um piloto fala no calor do momento e se arrepende depois, isso mostra que o silêncio é sempre a alma do negócio.”
Para o piloto da Williams, os pilotos muitas vezes têm que ficar quietos para evitar problemas decorrentes de más traduções.
“Hoje em dia, infelizmente, com toda essa tecnologia da internet, da tradução, pode ser que falte uma palavra e mude totalmente o significado. Ali a gente viu o Hamilton falando o que tinha para falar porque era ao vivo. Mas no nosso caso, falando em português, infelizmente o silêncio acaba se tornando um parceiro, porque é melhor você não falar do que ter que se explicar para o dirigente. Quem é prejudicado é o fã, que não tem a história total.”
O brasileiro reconhece que o circuito de Motreal beneficia carros com boa velocidade de reta, o que não é o carro da sua Williams, mas salienta que o Canadá costuma trazer surpresas.
“O Canadá sempre traz corridas diferentes. É uma prova muito difícil para os freios e para o motor, então a durabilidade do conjunto inteiro é levada ao limite. É uma prova em que podem ser marcados muitos, muitos pontos. É importante estar na pista, classificar bem, e estar no final da corrida com o carro inteirinho para poder marcar bons pontos.”
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