Binotto: Ferrari está "quase chegando" ao ritmo da Red Bull nas curvas
GP do Brasil marcou crescimento da Red Bull nas retas e da Ferrari nas curvas, elevando a competição entre as equipes
Depois de seis poles consecutivas após as férias de verão, a Ferrari perdeu a vantagem de largar na frente nas últimas corridas e viu a Red Bull surpreender a todos com sua velocidade de reta no GP do Brasil de Fórmula 1. Apesar disso, o chefe de equipe da escuderia italiana, Mattia Binotto, afirma que em Interlagos, pela primeira vez, a Ferrari chegou perto do ritmo em curvas da equipe austríaca.
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Em meio a especulações de que estivessem explorando uma brecha no regulamento para alterar o fluxo de combustível e queimar óleos no motor, a Ferrari disse depois da corrida que está mudando o direcionamento do equilíbrio e desenvolvimento do carro.
"Certamente eles [Red Bull e Honda] foram rápidos", disse Binotto. "Eles foram rápidos nas curvas, mas foram rápidos na reta também. Precisamos analisar isso, mas se olharmos nosso treino classificatório em comparação ao deles, acho que estamos quase igualando-os em condições de aderência limitada".
"E foi muito próximo também nas retas, em termos de potência. Então, acho que trata-se de escolhas no equilíbrio da configuração aerodinâmica.
"Essa talvez seja a primeira vez que estamos tão perto deles em situações de aderência limitada, mostrando que, como Ferrari, estamos nos movendo em uma direção diferente, dando prioridade às curvas", declarou o chefe da equipe.
Ferrari perdeu oportunidade de subir ao pódio no Brasil
Photo by: Jerry Andre / Motorsport Images
Binotto lamentou a oportunidade perdida de terminar a corrida no pódio por conta de um acidente entre Sebastian Vettel e Charles Leclerc, pois segundo ele, havia condições para ao menos um alcançar o top-3. Ele revelou ainda que o fracasso no GP dos Estados Unidos se deveu a problemas de ajuste no equilíbrio do carro.
"[No Brasil] foi semelhante à situação do México e às corridas anteriores", disse Binotto. "Ainda estamos perdendo um pouco de ritmo nas corridas - não muito, mas certamente é justamente o que é necessário para garantir que fiquemos à frente.
"Sebastian teria um confortável terceiro lugar, ele era mais rápido do que pelo menos um Mercedes e uma Red Bull. Charles, de 14º, poderia ter chego ao pódio eventualmente, então acho que a corrida certamente foi boa."
"Austin foi certamente uma corrida ruim para nós. Não foi parte de uma continuidade com as anteriores", afirmou o italiano. "O que aconteceu ainda não está muito claro para nós. Mas certamente o equilíbrio do carro não estava certo, os pilotos tiveram dificuldade em colocar energia nos pneus para aquecê-los na corrida".
"Portanto, é a configuração, e está relacionada aos pneus. Tomamos algumas medidas a partir disso, mas isso é algo que mantemos dentro da equipe como uma situação específica do carro".
Ferrari completa 90 anos e passa por jejum
A marca italiana completou nove décadas no fim de semana do GP da Itália. A equipe não vence um mundial desde 2008, quando foi campeã de construtores. O último título de pilotos foi o de Kimi Raikkonen, em 2007, o único da era pós Schumacher. Enquanto a Ferrari busca novas conquistas na F1, relembre todos os carros da lendária equipe na elite do automobilismo mundial:
Ferrari precisa tomar decisão
A equipe italiana foi um dos principais temas de nosso último podcast, que contou com a participação de Caio Collet, apontado como esperança do Brasil de voltar à Fórmula 1. Nossos comentaristas dissecaram a corrida em Interlagos e falaram sobre o futuro da Ferrari. Confira:
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