Bom desempenho da Malásia dá confiança para Massa
Piloto se diz “no caminho certo”, mas reconhece que a Ferrari não sabe porque é muito melhor na corrida do que na classificação
No papel, o quinto lugar do GP da Malásia pode não parecer um grande resultado. Mas o ritmo mostrado por Felipe Massa durante a prova, andando na balada dos líderes, especialmente com pneus macios, mostra não só que o brasileiro está no caminho certo, como também o abismo entre o ritmo de corrida e da classificação da Ferrari – o piloto ficou a 1s3 do pole Vettel no sábado.
“O resultado é sempre importante, me dá ainda mais vontade de brigar com os carros lá da frente. Sei do que sou capaz. Fiz duas ótimas largadas nas primeiras corridas. Na primeira prova eu sofri muito com o ritmo, tinha um acerto muito agressivo, que usou os pneus de forma muito mais rápida que deveria ter usado”, lembrou Massa, em entrevista acompanhada pelo TotalRace.
“Na segunda eu melhorei bastante o acerto do meu carro, tive um ritmo muito forte com os pneus moles, um pouco menos com os duros, mas a corrida foi muito forte. Isso mostra que estamos no caminho certo.”
O brasileiro afirmou que a Ferrari não planeja grandes mudanças no carro para este GP da China, somente testará um aerofólio dianteiro na sexta-feira. Em outras palavras, a equipe ainda não sabe porque tem um ritmo tão diferente na corrida em relação à classificação.
“Não é a primeira vez que a gente vê isso. No ano passado, tivemos várias corridas em que a classificação era muito difícil e a corrida muito menos. Foi o que a gente viu aqui (na China): na classificação éramos pouco competitivos e na corrida deu para lutar pelo pódio. Não é uma novidade, mas temos que melhorar em classificação porque largar lá atrás não é fácil.”
Massa não acredita que o problema esteja no aquecimento dos pneus. “Não acho que seja uma questão de temperatura, porque vimos isso em duas condições muito diferentes. Acho que é uma coisa que temos que melhorar no nosso carro.”
Falando em pneus, o brasileiro crê que o desgaste será intermadiário entre Malásia e Austrália. Sua preocupação, no entanto, é com a sujeira na pista, causada pela borracha que vai se desprendendo dos Pirelli ao longo da corrida.
“Se você sai da trajetória, demora umas três ou quatro curvas para limpar o pneu, depende de onde você for. Se você for lá mesmo, é capaz de não voltar. Fora da trajetória você tem uma praia, tanto na curva quanto na reta. Isso mostra o quanto acaba os pneus. Do meio para o final da corrida, se você sair da linha você pode ficar lá. Na minha opinião, foi isso que causou o acidente do Petrov. Se um retardatário lhe deixar passar num lugar errado, pode ser suficiente para perder muito tempo ou até ficar por lá.”
(colaboraram Felipe Motta e Luis Fernando Ramos, de Xangai)
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