Bruno Senna se diverte com primeiro encontro com Prost: “Seu tio encheu meu saco... Ele não era fácil”
Piloto do Mundial de Endurance e próximo do clã Prost, brasileiro diz que família francesa é 'da paz'
Sobrinho de Ayrton Senna e ex-piloto da Fórmula 1, Bruno Senna concedeu entrevista exclusiva ao Motorsport.com via live de Instagram e falou de forma surpreendente sobre o maior rival de seu tio: Alain Prost, companheiro de Ayrton na McLaren entre 1988 e 1989.
Bruno, campeão mundial da classe LMP2 no Mundial de Endurance (WEC), surpreendeu os fãs e disse que o ex-piloto é 'da paz'. Mas o sobrinho de Senna deu detalhes de uma conversa que teve com o francês sobre Ayrton. "Seu tio encheu o meu saco. Ele não era fácil", afirmou Prost.
Além de relembrar o diálogo com o tetracampeão da F1, o ex-piloto da Fórmula E também falou sobre a tensão ao conhecer Nelson Piquet, conterrâneo e grande rival de seu tio nas pistas: "Fiquei um pouco 'assim'". Ambos foram tricampeões da categoria máxima.
Outro citado foi o alemão Michael Schumacher, que correu com Ayrton e com Bruno em diferentes épocas da F1. "Foi um grande campeão e merece todo o reconhecimento", disse Senna sobre o heptacampeão. Confira a imperdível entrevista no vídeo abaixo:
"Eu já era amigo do Nelsinho [Piquet] e eu fiquei meio preocupado que o Nelsão talvez não fosse gostar muito. Mas ele foi gente boa comigo, tanto ele quanto a mãe do Nelsinho. Mas antes de conhecê-lo, fiquei um pouco 'assim'."
"Também foi um pouco 'assim' com o [Alain] Prost. Quando o conheci, já foi depois de estar com o Nico [filho do francês e companheiro de Bruno no WEC] e tudo mais, mas ele foi muito gente boa. Acho que as más sensações ficaram no passado."
"Na primeira vez em que eu tive um contato mais social com ele, a gente estava em uma festa depois de uma corrida da Fórmula E. Estávamos tomando umas e começamos a bater papo."
"Aí ele disse: 'É, seu tio encheu o meu saco... Ele não era fácil, acelerava mas não era fácil. A gente começou a brigar e tal. Ele era muito emocional, então ficava 'puto da vida' com as coisas'."
Mas Bruno também relatou o 'outro lado' da conversa: "Ele deu risada para caramba e falou que quando ganhou o campeonato [de F1] em 93, o Ayrton mudou. Assim que o Ayrton soube que ia para a Williams, mudou completamente com ele [Prost]."
"Acho que o Ayrton 'levantou a mão' porque percebeu que o Prost era importante para a carreira dele. E a família Prost é realmente pacífica, mas eu sei que o Alain tinha a coisa política dele na F1", ponderou.
"Mas eles são muito da paz. E acho que o Ayrton percebeu isso depois de um tempo e foi legal quando ele [Prost] falou que depois do campeonato de 1993 eles estavam muito amigos e ele estava muito feliz de fazer parte da fundação."
"Ele [Prost] é um dos embaixadores do Instituto [Ayrton Senna], então essa parte ficou muito legal mesmo. Mas ele contou que o negócio era pesado com o Ayrton naquela época da McLaren."
A opinião sobre Schumacher
"A gente não tinha muito contato social. Teve alguns contatos na pista, mas quem se deu mais mal nesses contatos foi ele, por causa das punições. Mas o Schumacher realmente teve uma rejeição grande no Brasil."
"Por causa de alguns contatos dele com o Ayrton na pista e tal... Mas uma coisa é você não gostar da personalidade da pessoa e outra coisa é você ter uma rejeição só por causa de um outro."
"O Schumacher foi um grande campeão e definitivamente está entre os melhores. E ele merece todo o reconhecimento de todos: daqueles que gostavam dele e daqueles que não gostavam dele também".
Schumi, Prost, Senna, Piquet e cia: relembre todos os campeões da F1:
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