Bruno Senna: "F1 não deveria aumentar pressão aerodinâmica"
Para brasileiro, que já passou pela categoria, dirigentes deveriam pensar duas vezes antes de permitir que os carros tenham mais downforce, como planejado para a Fórmula 1 em 2017
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A temporada 2017 marcará uma nova Fórmula 1, pois uma série de mudanças no regulamento técnico está prevista para entrar em vigor a partir do ano que vem. Buscando tornar os carros da categoria até cinco segundos por volta mais velozes, as novas regras apresentarão aumento da pressão aerodinâmica através de asas e chassis mais largos e um difusor maior.
Estes conceitos ainda podem, no entanto, ser descartados - já que tanto Mercedes quanto Pirelli se mostraram preocupadas sobre como os pneus vão lidar com o aumento da carga aerodinâmica - o pacote de modificações ainda não foi fechado.
Para Bruno Senna, que passou por HRT, Lotus e Williams entre as temporadas de 2010 e 2012 e agora corre pela Mahindra na Fórmula E, aumentar a pressão aerodinâmica dos carros da F1 não é uma boa ideia para fazer com que as corridas sejam mais disputadas. Na opinião do brasileiro, a categoria deveria buscar avanços na aderência mecânica.
"Eles jamais deveriam cogitar a possibilidade de aumentar a pressão aerodinâmica, pois é exatamente por isso que a F1 está sem emoções no momento - muita aerodinâmica. Aí o único jeito de fazer com que as corridas sejam boas é utilizando artifícios como a asa móvel. Em outras categorias não há nada disso, mas você vê ultrapassagens", disse Senna ao Motorsport.com.
"O ponto, se você quer que a F1 tenha os carros mais velozes, é dar aos carros pneus mais aderentes e tirar um pouco da pressão aerodinâmica. A chave é trocar pressão aerodinâmica por aderência mecânica", afirmou.
Reabastecimento é "uma má ideia"
Senna também se mostrou contrário à ideia, ventilada no último encontro entre as equipes, do retorno do reabastecimento durante as corridas. "Promover o retorno do reabastecimento é uma má ideia, só vai tornar as corridas piores", disse.
"Você terá um carro mais leve, o que significa menor preocupação com o desgaste dos pneus, e então as corridas serão mais agressivas - mas do jeito errado. Na era do reabastecimento, a F1 teve menos ultrapassagens", completou.
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