Carey acusa Ecclestone de frear crescimento da F1
Chase Carey, novo CEO da categoria, acusa Bernie Ecclestone de não permitir que a Fórmula 1 explorasse todo o potencial enquanto comandava a categoria
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Chase Carey assumiu o papel de CEO da Fórmula 1 em janeiro deste ano, em uma decisão surpreendente que tirou Bernie Ecclestone do comando da categoria.
Meses após assumir como chefe da F1, Carey deu uma entrevista para a Press Association e revelou que neste período, percebeu que Ecclestone não permitiu que a categoria explorasse todo o potencial e criticou o trabalho do britânico.
“Eu diria que de 'sim' a 'muito mais'", disse Carey quando questionado sobre o potencial de crescimento da F1. "Qual o sentido de apresentar uma ideia se a resposta para tudo que você quer é 'não? Isso só cria frustração."
“Há uma série de coisas que não foram feitas e precisam acontecer. Sentimos que este esporte não foi gerenciado em todo o potencial para aproveitar as oportunidades nos últimos cinco ou seis anos", afirmou.
“Todos nós cometemos erros, ninguém é perfeito. Bernie assumiu um negócio há algumas décadas e o vendeu por 8 bilhões de dólares. Ele merece todo o crédito do mundo pelo que fez, mas no mundo em que vivemos você precisa promover e rentabilizar o esporte, algo que não vem sendo feito", acrescentou.
Carey deixou a entender que um dos problemas da F1 na era Ecclestone foi o fato de o ex-dirigente pensar apenas em soluções a curto prazo em vez de pensar em estratégias de longo prazo.
Uma das razões para o Liberty Media colocar Sean Bratches como diretor comercial e Ross Brawn como diretor esportivo para ajudar a colocar a F1 no caminho desejado pela nova direção em cinco anos.
“Passaram-se três meses e temos muito claro que uma das coisas que não ajuda o esporte é esse foco em soluções de curto prazo. Nós nos preocupamos mais com o que será o esporte daqui a três anos do que daqui a três meses. Bernie sempre focou no curto prazo, nosso foco é a longo prazo", ponderou.
“Algumas decisões tomadas precisavam de um processo mais cuidadoso. O motor atual, por exemplo, acabou se tornando bastante complicado e caro, perdendo parte do som tão característico do esporte."
“Faremos algumas coisas e parte delas levará tempo - você não terá um novo motor em dois meses, se você tentar fazer isso será mais prejudicial, não trará benefícios", ressaltou.
“Queremos garantir que temos as ferramentas para gerenciar o negócio em vez de jogar ideias por aí só para gerar histórias para a mídia", completou Carey.
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