"Carros de 2017 serão bonitos", diz diretor-técnico da Ferrari
Para James Allison, os carros da temporada 2017 da F1 vão colocar por terra em definitivo a aparência esquisita que predominou no esporte nos anos anteriores
A Fórmula 1 enfrentou muitas críticas nas últimas temporadas pela falta de apelo visual dos carros, especialmente quando as regras forçaram os projetistas a criar os 'degraus' nos bicos em 2012 e na introdução dos 'bicos de tamanduá' em 2014.
As mudanças nas dimensões dos carros para 2017 devem apresentar desenhos mais agressivos, com os carros mais largos e as mudanças nos ângulos das asas traseiras.
Para James Allison, diretor-técnico da Ferrari, as equipes estão preocupadas apenas em criar carros velozes e a aparência é o resultado dessa busca. O engenheiro está confiante, no entanto, de que os times e a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) acertaram na definição das regras para o próximo ano após ver os primeiros conceitos em que a Ferrari já trabalha para 2017.
“As equipes focam, antes de qualquer coisa, na eficiência. A aparência é apenas uma consequência desse trabalho", disse Allison durante a conferência da FIA em Turim, nesta quarta-feira (22).
“No entanto, todos nós - ou a grande maioria - quer que nossos produtos sejam bonitos e se o regulamento nos levar a fazer carros bonitos, podemos focar apenas em nossa função. Já avançamos um pouco para nos livrarmos dos bicos horríveis que vimos há dois anos e o regulamento para 2017 é um esforço consciente para deixar os carros mais velozes e bonitos", afirmou.
"As proporções das novas dimensões ficaram bastante interessantes. Para nós que temos a sorte de ver esses carros sendo criados, posso dizer que estão ficando bonitos. Não vejo a hora de presenciar a ida dos novos modelos para a pista", acrescentou.
Regras são incentivo para as equipes
Os comentários de Allison vêm na esteira do que disse o presidente da Ferrari, Sergio Marchionne. Para o dirigente, o desafio de criar carros que serão cerca de cinco segundos por volta mais rápidos é tão bom para as equipes quanto para os pilotos e para os fãs.
“Acredito firmemente que deveria haver mais liberdade para experimentações. Jean Todt e os demais membros da Comissão da F1 tem tentado encontrar um equilíbrio entre controlar os custos do esporte para que ele seja mais acessível e a necessidade de inovar", disse Marchionne
“Creio que com as regras de 2017 nós encontramos um ponto de equilíbrio aceitável. Mas precisamos ter em mente que levar os carros ao limite e testá-los em condições extremas é o único caminho para garantir o máximo em inovação. O único jeito de estabelecer novos limites é rompendo barreiras que parecem inquebráveis", completou.
Reportagem adicional por Kate Walker
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