O CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali, deu uma clara indicação de que alguns GPs do continente europeu podem entrar em um esquema de revezamento a partir de 2026.

Nos últimos meses, vimos várias extensões de contrato de algumas corridas, especialmente as fora da Europa, com alguns acordos indo para 2035 e além. Porém, no Velho Continente, Zandvoort, Spa, Ímola, Monza e Mônaco buscam renovações após 2025.

Madri já foi anunciada como a nova casa do GP da Espanha a partir de 2026. Porém, segundo apurado, Barcelona ainda tem um contrato para realizar uma etapa naquele ano, mas em uma situação mais favorável para a F1.

O revezamento não é algo novo na mesa, com os GPs da Holanda e da Bélgica possivelmente sendo os primeiros da fila. Isso reduziria o número de GPs em 2026 para 23, abrindo espaço para uma 24ª etapa, potencialmente a de Barcelona, caso a F1 deseje. Porém, acredita-se que não há planos para isso no momento.

A alternativa seria a adição de uma nova pista, com um retorno à Coréia do Sul entre as opções exploradas pela F1, segundo apurado.

'Este é um ano na qual teremos muitos GPs, especialmente na Europa. Temos diferentes opções que podemos seguir", disse Domenicali ao ser questionado sobre 2026. "Acho que Madri mostra algo que é importante para nós, a atenção que a F1 ainda recebe no Velho Continente, onde todos pensavam que tínhamos que sair de lá porque não queriam mais. Mas mostramos o oposto".

Em alusão à rotação, ele acrescentou: "Acho que em 2026 vocês verão algo interessante. Estamos discutindo com outros promotores na Europa para fazermos algo que será anunciado logo".

Esteban Ocon, Alpine A523, leads Zhou Guanyu, Alfa Romeo C43, Logan Sargeant, Williams FW45, and the remainder of the field at the start

Photo by: Zak Mauger / Motorsport Images

"Mas Madri será uma grande injeção de ânimo. Porque o evento será organizado em um local onde estaremos próximo à área de convenções, permitindo aos fãs viverem o evento de forma incrível. Mas o foco na Espanha está em Barcelona. Há um grande comprometimento em fazer um grande GP lá nos próximos anos".

Falando sobre a sequência de renovações de contratos de longa duração, Domenicali insiste que não é apenas sobre garantir uma fonte de renda, mas sim pelo fato da estabilidade permitir o crescimento dos eventos.

"Acho que, como sempre na nossa tomada de decisões, há vários elementos que precisam ser considerados. Primeiro, o aspecto financeiro, sem dúvidas. E o fato de que podemos nos estabilizar com certos promotores, o que acreditamos que representa grandes oportunidades, isso é um elemento relevante".

"O fato de que, nos últimos anos, nós pudemos fechar acordos incríveis com certos promotores significa que, de um lado, temos um pacote financeiro incrível. Mas, do outro, é uma oportunidade grande de desenvolvermos nossos negócios em outras áreas, que vão além da taxa de realização. E essa é a nossa abordagem atual".

Domenicali finalizou insistindo que não quer ir além dos 24 GPs por ano.

"Fica claro que, se você ver o desenvolvimento da regionalização do calendário, deixamos de ser bem eurocêntricos para algo bem mundial, e isso precisa ser mantido para o futuro".

"Quero deixa claro que acreditamos que 24 GPs é o número ideal. Vamos jogar da forma certa, com o fato de termos algumas oportunidades que queremos trazer ao mercado nos próximos anos, a partir de 2026".

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