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Chefão da F-1 admite: crise financeira é provavelmente culpa minha

Bernie Ecclestone se disse disposto a renegociar contratos com as equipes, mas duvidas que proposta seja aceita

O promotor da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, admitiu sua parcela de culpa nos problemas financeiros pelos quais a categoria vem passando. Duas equipes não tiveram fundos para enviar seus carros para a etapa desde final de semana, nos Estados Unidos, e a próxima, no Brasil, e o próprio britânico admitiu que o grid pode chegar a ter apenas sete equipes em 2015.

[publicidade] Como CEO da empresa que gere os direitos comerciais da categoria, Ecclestone é o responsável pela divisão das quantias arrecadadas com as taxas cobradas pelos organizadores de cada GP e contratos de televisão.

“Há muito dinheiro sendo distribuído de maneira ruim – provavelmente por culpa minha. Como vários acordos que as pessoas fazem, eles pareciam uma boa ideia quando foram feitos. Eu sei o que está errado, só não sei como resolver.”

Durante muitos anos, o dinheiro da categoria foi distribuído por meio do chamado Pacto da Corcórdia. Porém, com o vencimento deste pacto, Ecclestone passou a negociar individualmente com as equipes para evitar perder poder, mas isso gerou discrepâncias muito grandes nos vencimentos de cada time e favoreceu os grandes.

“Não é a maior crise com que lidei, mas não estou feliz”, disse Ecclestone. “A questão é que estamos falando de quantias maiores de dinheiro, então é mais difícil resolver. Vamos fazer algo sobre isso porque não podemos relaxar e acreditar que o problema irá embora. Não é como ter um resfriado e tomar algum remédio esperando que ele despareça. A situação é que, se algumas pessoas quiserem resolver, poderemos resolvê-la.”

Ecclestone refere-se à necessidade de renegociar os contratos unilaterais com as equipes. “Se eles sentassem aqui e dissessem que querem dividir todo o dinheiro de uma forma diferente, eu diria: ‘ótimo, dê-me um pedaço de papel’. Eu juntaria todo o dinheiro que eles conseguem devido à performance e dividiria entre os três ou quatro que sabemos estar com problemas. Mas nenhuma equipe acharia que essa seria uma boa ideia.”

Atualmente, parte do dinheiro destinado às equipes vem de garantias contratuais e outra parte é relacionada à performance, ou seja, à classificação dos times no mundial de construtores.
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Julianne Cerasoli
Fórmula 1
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