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Chefão diz que Red Bull vai alcançar potência de Mercedes e Ferrari em 2020

Em entrevista exclusiva ao Motorsport.com, Helmut Marko destaca evolução da Honda e projeta a próxima temporada

Max Verstappen, Red Bull Racing RB15

Consultor de automobilismo da Red Bull na Fórmula 1, o austríaco Helmut Marko crê que a equipe da marca de energéticos terá uma unidade de potência do nível de Mercedes e Ferrari na temporada 2020.

As esperanças do chefão recaem sobre a grande evolução da Honda neste ano. Um carro impulsionado pela fabricante japonesa voltou às vitórias desde 2006 e a marca nipônica finalmente começa a afastar os fantasmas de seu atribulado retorno à F1 em 2015.

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Além disso, segundo Marko, a escuderia austríaca tem motivos mais conhecidos para estar otimista em relação ao ano que vem. "Do lado do chassi, acho que estaremos muito melhores do que este ano", disse com exclusividade ao Motorsport.com.

"E o desenvolvimento que está acontecendo na Honda nos faz acreditar que estaremos no próximo ano com o mesmo nível de potência que Mercedes e Ferrari, de forma consistente”, afirmou o dirigente.

Marko acha que o verdadeiro potencial da Honda em 2019 foi ‘escondido’ levemente pelo fato de a fabricante ter focado o desenvolvimento em mapear problemas no começo do ano. De acordo com o austríaco, isso não deve ser um obstáculo na próxima temporada.

"Acho que eles estão fazendo um ótimo trabalho e temos que fazê-lo passo a passo. Sabíamos que no passado eles tinham grandes problemas de confiabilidade e estavam preocupados, mas até agora não tivemos nenhum problema de motor durante toda a temporada", ponderou.

Max Verstappen, Red Bull Racing RB15

Max Verstappen, Red Bull Racing RB15

Photo by: Simon Galloway / Sutton Images

"Acho que eles estão fazendo as coisas certas e fazendo o trabalho certo. Acreditamos que no próximo ano não seremos os terceiros", sacramentou Marko, fazendo menção à superioridade de potência de Mercedes e Ferrari em 2019.

A fé do consultor no potencial para o próximo ano vem em momento de críticas à escuderia. E o autor é Max Verstappen, principal piloto da RBR. O holandês – e seu pai Jos – vem manifestando preocupação com o conjunto Red Bull-Honda.

O clã Verstappen tem dado declarações públicas no sentido de questionar se a equipe austríaca e a fabricante japonesa poderão dar ao jovem piloto de 22 anos a possibilidade de brigar pelo título da F1.

Marko aceita a pressão e pondera o quão decisiva será a próxima temporada: "Eu não diria que é crucial. Mas é o último ano em que poderemos fazer de Max o mais jovem campeão da Fórmula 1, então temos que dar a ele a oportunidade, sim”.

Companheiro de Verstappen

Embora esteja otimista em relação à temporada 2020 da Red Bull, Marko ainda precisa fazer uma escolha decisiva. O austríaco ainda não confirmou quem será o companheiro de Verstappen no ano que vem.

A briga está entre o novato tailandês Alex Albon, que ascendeu à equipe principal após algumas provas pela Toro Rosso, e o francês Pierre Gasly, rebaixado da Red Bull para dar lugar ao concorrente. Enquanto segue a indefinição no grupo de energéticos, o Motorsport.com relembra a dança das cadeiras de RBR e STR na história da F1. Veja:

Pierre Gasly estreou na Red Bull em 2019, após boa temporada com a Toro Rosso.
Campeão da GP2 em 2016, o francês ficou a meio ponto de conquistar a Super Fórmula em 2017. Naquele ano, estreou pela Toro Rosso, substituindo Daniil Kvyat no GP da Malásia.
Depois de um bom 2018 com a Toro Rosso, Gasly foi promovido. Entretanto, o francês não convenceu na Red Bull e foi rebaixado para dar lugar a Alexander Albon a partir do GP da Bélgica. A troca é a última de uma histórica dança das cadeiras entre equipe principal e júnior na F1.
A primeira 'troca' do grupo aconteceu antes mesmo da criação da Toro Rosso. Foi em 2005, na primeira temporada da Red Bull. Companheiro do escocês David Coulthard, o austríaco Christian Klien foi substituído pelo italiano Vitantonio Liuzzi em quatro GPs na metade do ano.
Em 2006, na primeira temporada da Toro Rosso na F1, Liuzzi fez dupla com o norte-americano Scott Speed (direita). Na Red Bull, Coulthard seguiu tendo Klien como parceiro, mas o austríaco foi substituído pelo holandês Robert Doornbos a quatro provas do fim do ano.
No ano seguinte, o australiano Mark Webber foi contratado para correr ao lado de Coulthard na Red Bull.
2007 foi um ano cheio de mudanças na Toro Rosso. Speed deixou a equipe depois de um ano e meio, após discutir com o chefe da escuderia, Franz Tost, no GP da Europa.
Com a saída de Speed, um jovem chamado Sebastian Vettel assumiu a vaga. A então promessa alemã havia estreado pontuando com a BMW nos Estados Unidos. Vettel disputou as últimas sete corridas de 2007 com a STR, chegando em quarto na China, enquanto Liuzzi foi o sexto.
Na temporada seguinte, Coulthard e Webber seguiram como pilotos titulares da Red Bull.
Liuzzi deu lugar ao francês Sebastien Bourdais na Toro Rosso em 2008. Já Vettel conquistou sua primeira vitória, e a única da equipe, ao triunfar no GP da Itália.
Em 2009, Coulthard se aposentou e Vettel foi promovido.
Quem assumiu a vaga do alemão na Toro Rosso foi o suíço Sebastien Buemi, novo companheiro de Bourdais.
O francês, porém, não rendeu como o esperado e acabou substituído no meio da temporada. Quem assumiu foi o espanhol Jaime Alguersuari.
Alguersuari e Buemi foram companheiros por duas temporadas e meia, entre os anos de 2009 e 2011.
Para 2012, entretanto, a Toro Rosso dispensou a dupla. Os substitutos foram Daniel Ricciardo e Jean-Eric Vergne. Buemi seguiu como piloto de testes na Red Bull e mais tarde rumaria para a Fórmula E, na qual tem um título. Alguersuari largou o automobilismo e hoje se dedica à carreira de DJ.
Em 2014, Webber se aposentou e foi substituído por Ricciardo na Red Bull.
Com isso, Kvyat assumiu o posto de piloto da Toro Rosso ao lado de Vergne.
Em 2015, Vettel foi para a Ferrari e foi substituído por Kvyat. Já Vergne foi dispensado e também foi para a F-E, na qual é o atual bicampeão.
Com as saídas de Kvyat e Vergne, Max Verstappen e Carlos Sainz assumiram as vagas da Toro Rosso. Eles foram companheiros durante um ano e meio.
Em maio de 2016, Verstappen foi promovido para a Red Bull e venceu logo em sua primeira corrida, na Espanha. Kvyat, em má fase, foi rebaixado para a Toro Rosso.
Em 2017, Ricciardo e Verstappen seguiram na Red Bull. Eles foram companheiros até o fim de 2018.
Kvyat conseguiu manter sua vaga na Toro Rosso em 2017, mas foi amplamente batido por Sainz. Gasly, então, assumiu a vaga do russo. Sainz se transferiu para a Renault antes do fim do ano, sendo substituído pelo neozelandês Brendon Hartley.
Hartley e Gasly se mantiveram na equipe em 2018. No fim do ano passado, porém, o anúncio da ida de Ricciardo para a Renault provocou novas mudanças.
Gasly foi o escolhido para a vaga do australiano, enquanto Hartley foi dispensado e foi para a Ferrari como piloto de simulador, antes de assinar pela Dragon na F-E e correr no WEC. Em seus lugares, a Toro Rosso contratou Albon e Kvyat, que recebeu nova chance na F1.
Na terceira passagem pela Toro Rosso, o russo conquistou o segundo pódio da história da equipe. Ele terminou em terceiro no GP da Alemanha. Não foi o suficiente, porém, para se credenciar a um retorno para a Red Bull.
A contratação de Albon pela Toro Rosso também teve suas complicações. Ele tinha acabado de assinar com a Nissan na F-E, mas voltou atrás para aceitar a proposta da STR.
O novato tailandês tomou o posto de Gasly na Red Bull a partir do GP da Bélgica, ao passo que o francês retornou para sua ex-equipe após 12 provas fracas pelo time principal.
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Quem você escolheria: Verstappen ou Leclerc?

A declaração de Marko é importante, justamente no momento em que Jos Verstappen, pai de Max, reclamou de forma pública da performance do carro da equipe.

Max Verstappen e Charles Leclerc são os novos xodós da F1, elevando inclusive os números de audiência da categoria no Brasil e mundo agora. Recentemente, o Motorsport.com debateu em seu podcast o talento dos dois pilotos. Ruben Carrapatoso, campeão mundial de kart, falou sobre como eram ambos se comportavam no 'Jardim de Infância' das pistas. Ouça:

 

 

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