McLaren: F1 não corre risco com crise da Covid-19, mas alguns times sim
Andreas Seidl está confiante que a F1 conseguirá sobreviver à crise causada pela Covid, mas não tem a mesma fé com relação às equipes
Na tarde desta quinta (16), os chefes das dez equipes da Fórmula 1 terão mais uma reunião com o CEO da categoria, Chase Carey, e o presidente da FIA, Jean Todt, para discutir medidas que poderão salvar o esporte da crise econômica que deve se seguir à pandemia do coronavírus.
As equipes já concordaram com o adiamento da introdução do novo regulamento técnico para 2022 e continuarão com os carros atuais em 2021, se preparando para uma falta de renda devido às corridas canceladas, que ajudam a financiar o esporte.
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A McLaren tem sido uma das mais vocais na defesa da redução do teto orçamentário para 100 milhões de dólares (525 milhões de reais) por ano, em meio à uma tensão de que nem todas as equipes conseguirão continuar no esporte devido à crise.
O chefe da equipe, Andreas Seidl, afirmou que, enquanto ele está certo que a F1 continuará funcionando como esporte após o pior da crise, ele não tem tanta certeza sobre o futuro das 10 equipes.
"Para ser honesto, não vejo sinais que indicariam que a Fórmula 1 não existirá no ano que vem", disse Seidl em uma roda de conversa online com jornalistas.
"Acho que o maior risco que vejo é que podemos perder equipes se não tomarmos medidas necessárias. É muito importante tomarmos essas decisões, que já vínhamos discutindo, sobre congelar os carros, extensão do fechamento das fábricas, para garantir que estamos guardando o máximo de dinheiro possível esse ano para as equipes".
"Acho que é muito importante reduzir o teto. Para termos uma visão mais positiva. Também para que todos ligados à F1 no futuro, para que você possa ser parte de um esporte que é saudável e sustentável do lado financeiro".
As equipes ainda enfrentam incertezas sobre sua renda de 2020 devido à incerteza sobre o momento que a temporada poderá começar. As nove primeiras corridas já foram adiadas ou canceladas. E, apesar da F1 ter a esperança de fazer até 19 corridas esse ano, a maioria espera um calendário com bastante revisões.
Seidl afirmou que a falta de segurança sobre qual será a verba que as equipes receberão esse ano significa que é importante tomar o máximo de medidas possível para reduzir os gastos.
"Não sabemos quanto vamos receber esse ano. Não sabemos quando vamos correr novamente", disse.
"Claro que ainda esperamos poder fazer o máximo possível de corridas, e essa é também a razão pela qual nós achamos que é importante tomar grandes decisões agora para no futuro tomarmos outras decisões sobre o teto, que não nos ajudam esse ano".
"Para esse ano, precisamos de medidas de curto prazo, como o congelamento dos carros, para economizar. Mas pelo menos isso dá uma visão para todos ligados à F1, que o esporte será mais saudável e sustentável no futuro, o que poderá ajudar as equipes a sobreviver a essa crise".
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