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Chefe da Haas: F1 precisa de equipes como a Minardi

Guenther Steiner diz que equipes com papel de trazer jovens pilotos à F1 fazem falta atualmente na categoria

Fernando Alonso, Minardi
Patrick Friesacher, está com sua PS05 Minardi
Fernando Alonso, Minardi M01
Fernando Alonso, Minardi M01
Guenther Steiner, Team Principal, Haas F1 Team
Guenther Steiner, Team Principal, Haas F1 Team
Antonio Giovinazzi, Haas F1
Charles Leclerc, Ferrari

A F1 precisa de mais equipes como a extinta Minardi, já que agora há poucas oportunidades para que jovens pilotos entrem na categoria. É o que considera Guenther Steiner, chefe da Haas.

A Minardi existiu entre 1985 e 2005, quando acabou sendo comprada pela Red Bull e renomeada Toro Rosso a partir do ano seguinte.

O time de Faenza ficou conhecido por dar oportunidades a jovens talentos como Fernando Alonso, Giancarlo Fisichella, Jarno Trulli e Mark Webber.

Com a saída de pequenas equipes como HRT, Caterham e Manor, que foi responsável por dar a jovens pilotos como Pascal Wehrlein e Esteban Ocon suas primeiras chances na F1, a categoria está sem nenhum time que desempenhava o papel da Minardi.

Como resultado, a Ferrari conversa com a Sauber para transformá-la em uma equipe júnior e dar espaço a seus jovens pilotos, Charles Leclerc e Antonio Giovinazzi.

“A dificuldade para jovens pilotos é que eles precisam estar no lugar certo, na hora certa. Não há nada além disso que se possa fazer, já que, no momento, não dá nem para comprar um cockpit”, disse Steiner.

“Quando a Minardi estava na F1, ela talvez estava feliz em andar lá atrás. Era seu dever trazer jovens pilotos. Talvez eles não estivessem felizes em estar em último, mas eles conseguiam viver com isso, porque era esse seu modelo de negócios – desenvolver pilotos. É um bom modelo de negócios.”

“Foi como quando [Daniel] Ricciardo guiou pela HRT [em 2011]. Você sabia que ele não faria nada, mas isso lhe deu experiência. E isso não existe mais. Talvez seja bom que não tenhamos essas equipes, mas talvez seja ruim...”

Steiner afirmou que as grandes esquipes ficam relutantes em utilizar pilotos sem experiência anterior na F1 devido aos riscos, especialmente com o grande salto que se dá entre a F2 e os novos carros da F1.

“Acho que eles [Leclerc e Giovinazzi] são bons caras, com ótimo potencial. Entre Ferrari e Mercedes, os próximos caras bons sairão de um deles. Mas arrumar uma vaga é difícil. A F1 é muito difícil nesse sentido.”

“Da F2 à F1 é um jogo diferente. Há uma brecha grande. Você precisa de aprendizado. Colocar Charles ou Antonio direto na Ferrari é um grande risco.”

“Pode dar tudo certo, mas há maior chance de dar errado, porque as expectativas são altas para cometer qualquer errinho. O esporte é complexo demais. Você comete erros quando é jovem porque não tem experiência. Você não pode comprar experiência – você precisa de tempo.”

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