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Chuva concentra trabalho em uma hora de treino livre

Equipes terão apenas a terceira sessão para avaliar consumo de pneus e acertar os carros para o seco

Button até tentou usar os slicks hoje, mas aderência era muito baixa

Uma sexta-feira marcada pela chuva para dar o pontapé inicial em um final de semana que promete ser seco, em uma pista pouco usada durante o ano – e, consequentemente, com pouca borracha – para a qual a Pirelli decidiu, em uma medida agressiva, levar seus dois pneus mais macios. Não é por acaso que espera-se uma terceira sessão de treinos livres, com início às 23h de hoje pelo horário de Brasília, das mais intensas.

“Antes de qualquer coisa, a terceira sessão de treinos livres será muito importante porque ninguém sabe como os carros estarão com bastante combustível e pneus de seco e com pouco combustível também. Velocidade de reta, entender os níveis de asa e as marchas... são muitas coisas. É quase um tiro no escuro, mas vamos tentar usar a informação que coletamos hoje”, explica Jenson Button, da McLaren.

Para o ferrarista Felipe Massa, essas três horas de treinos perdidos na sexta-feira vão obrigar as equipes a sacrificar um pouco, ou a corrida, ou a classificação, pois não será possível fazer a preparação devida com apenas uma hora de treino.

“Você tem de escolher. Fazer os dois não é tão fácil, então tem de tentar bolar uma boa direção para preparar o carro da melhor forma possível para a classificação, mas entendendo alguma coisa para a corrida, que é importante também.”

Mas o que mais preocupa Sebastian Vettel é a falta de experiência com os pneus de seco em Yeongam, lembrando que, em 2010, a Bridgestone levou os duros e macios – que já eram bem mais duráveis em relação aos mesmos compostos da Pirelli – para a pista.

“Vamos sem experiência. Temos de tomar as lições que tivemos de compostos iguais em corridas passadas. Mas fica a questão se a escolha de pneus aqui não foi muito otimista. Vamos saber no domingo. Hoje não deu para responder essa pergunta. Mas estão todos no mesmo barco e, mesmo na classificação amanhã, não vai dar para descobrir se o pneu vai durar o suficiente, já que na corrida pode ser tudo diferente.”

Mesmo com toda a incerteza, Bruno Senna não vê uma oportunidade para equipes cujo rendimento é pior, como a Renault, surpreenderem.

“Eu acho que não teremos surpresas. Acho que equipes com mais downforce terá vantagem como sempre, e quem tem menos vai ter de brigar para ver quem chega no treino de amanhã mais pronto. Acho que será uma loteria do oitavo ao décimo quinto lugar”.

(colaborou Luis Fernando Ramos, de Yeongam)

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Julianne Cerasoli
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