Com cinco vencedores diferentes em sete corridas, F1 revive 2012

Alternância de forças entre Ferrari, Mercedes e Red Bulll tem feito cada GP ser imprevisível, algo que não ocorria desde 2012

Apesar do domínio inicial da Mercedes no começo do ano, nas últimas sete corridas, a Fórmula 1 teve cinco vencedores diferentes, algo que não acontecia desde a abertura do campeonato de 2012. Lewis Hamilton, Valtteri Bottas, Sebastian Vettel, Charles Leclerc e Max Verstappen triunfaram em período de alta competitividade da categoria.

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Campeonato se tornou emocionante depois do GP da França, com a evolução primeiro da Red Bull e depois da Ferrari, que passaram a ameaçar a Mercedes. Imprevisibilidade e maior equilíbrio entre as três equipes de ponta já rendeu frutos ao esporte: a audiência da F1 passa por um aumento no Brasil e no mundo nesses últimos meses.

Disputas entre gigantes

O GP da Alemanha foi provavelmente onde a luta entre Ferrari, Mercedes e Red Bull esteve mais equilibrada. Mas Verstappen se sobressaiu na chuva e levou a vitória. O piloto da equipe austríaca ainda protagonizou uma batalha épica com Hamilton na Hungria, onde os pilotos da equipe italiana não tiveram chances de se aproximar dos rivais.

De carro e motor novos, a Ferrari voltou das férias com uma performance surpreendente, batendo de frente com a Mercedes e faturando três vitórias seguidas: duas com Leclerc, na Bélgica e na Itália e mais uma com Vettel em Singapura. As disputas com Hamilton e as polêmicas decisões da escuderia de Maranello tornaram essas provas em espetáculos a parte.

Já na Rússia e no Japão, a Red Bull ameaçou chegar na briga novamente, mas não saiu da promessa. Enquanto isso, a perfeição da Mercedes nas estratégias eliminou quaisquer vantagens que a Ferrari poderia ter na pista. Como resultado, Hamilton venceu em Sochi e Bottas dominou a prova de Suzuka, depois de um fim de semana perfeito do finlandês.

Um período muito bacana para os fãs, que puderam apreciar disputas diretas nas pistas em cada uma dessas provas. A ascensão de jovens promessas se misturou com a força e experiência de nomes consagrados. Além disso, os erros e acertos dos times pesaram em cada corrida e ajudaram a engrandecer o espetáculo.

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Relembre os momentos marcantes das últimas sete provas:

GP da Alemanha: Max Verstappen supera rivais na chuva

GP da Hungria: Hamilton vence batalha com Verstappen

GP da Bélgica: Leclerc vence pela primeira vez

GP da Itália: Leclerc resiste a ataques de Hamilton

GP de Singapura: Vettel vence Leclerc na estratégia

GP da Rússia: Hamilton se aproveita de falhas da Ferrari

GP do Japão: Bottas tem fim de semana perfeito

Sete em sete

Tamanho impacto não é à toa, já que a última vez em que 5 pilotos diferentes venceram em tão curto espaço de tempo foi 2012. Na verdade, o aquela temporada viu um número ainda mais expressivo: foram sete vencedores (de cinco equipes) nas primeiras sete etapas.

Jenson Button, de McLaren, abriu a temporada com uma vitória na Austrália. Na prova seguinte, em Sepang, Fernando Alonso levou a Ferrari ao lugar mais alto do pódio depois de superar a sensação Sérgio Perez. A primeira vitória da Mercedes em seu retorno à F1 foi conquistada na terceira corrida do ano, com Nico Rosberg na China.

O primeiro triunfo do campeão de 2012, Sebastian Vettel, só veio no Bahrein e seu companheiro de Red Bull na época, Mark Webber, cruzou a linha de chegada antes de todo mundo Mônaco pela segunda vez na carreira. No Canadá, Lewis Hamilton alcançava a primeira de suas últimas quatro vitórias com a McLaren.

O momento mais emblemático daquele começo de temporada talvez tenha sido a surpreendente vitória de Pastor Maldonado no GP da Espanha. O piloto da Williams herdou a pole de Hamilton, punido e, no domingo, piloto e equipe foram perfeitos para garantir a primeira vitória (e única) do Venezuelano e última da equipe de Frank Williams na F1 até o momento.

A temporada ainda teria um oitavo vencedor. Kimi Raikkonen venceu o GP de Abu Dhabi com a Lotus, coroando uma temporada marcada pela regularidade do finlandês na zona de pontuação, algo que lhe garantiu a terceira posição no mundial de pilotos.