Com "tudo novo" no carro, Massa não se importa com pressão
Brasileiro reconhece que teve "a pior corrida da carreira" em Melbourne, mas vê desempenho como exceção
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Esperando encontrar um carro com comportamento completamente diferente do que teve na Austrália, quando largou em 16º e abandonou após bater com Bruno Senna quando lutava por posições fora da zona de pontuação, Felipe Massa se mostrou animado para o GP da Malásia na coletiva de imprensa desta quinta-feira, acompanhada pelo TotalRace.
“A gente mudou tudo no carro, não com peças novas, mas mudamos o carro todo porque eu acredito que havia alguma coisa errada para tudo isso acontecer. Meu problema não era levar o pneu à temperatura [adequada], não era o desgaste. Eu não tinha aderência alguma, algo que não enxerguei nem quando o carro estava menos desenvolvido, no início dos testes. Era um problema diferente.”
O brasileiro reconheceu que seu desempenho ficou aquém do esperado em Melbourne e classificou a corrida como uma das piores na carreira.
“Estou 100% de acordo que a corrida da Austrália não foi das melhores. Se bobear, foi a pior corrida que eu tive na carreira, já que eu não conseguia guiar o carro desde o primeiro dia. Larguei muito bem, ganhei seis posições, mas, depois de cinco voltas, não tinha mais aderência nos pneus. Lógico que não estou dizendo que este é um problema dos pneus, mas sim do carro. E todo mundo me passava por cima.”
No entanto, o piloto da Ferrari lembrou que foi bem durante os testes de pré-temporada, o que lhe dá motivos para acreditar que havia algo errado com o carro utilizado em Melbourne.
“Tenho certeza de que há um motivo para isso porque guiei o carro em Barcelona, em Jerez. Quando saía do carro e o Fernando [Alonso] entrava, tudo corria igual, seja o tempo de volta, simulação de corrida, o uso do pneu. E quando chegamos na Austrália, tudo era diferente.”
O resumo da ópera é que Massa, mais uma vez após um início de campeonato ruim, chega à Malásia pressionado. O piloto, contudo, garante que tira as críticas de letra.
“Nunca tive problema e continuo não tendo em quem quer colocar a culpa em mim por qualquer coisa, em relação à imprensa. Isso não me preocupa. É lógico que é melhor ouvir coisas boas, mas é algo que estou acostumado desde meu primeiro ano na Ferrari. Até em 2008 eu estava praticamente fora da Ferrari nessa época, de acordo com a imprensa, e foi meu melhor campeonato.”
O brasileiro aproveitou para ironizar as críticas que sofreu da revista italiana Autosprint, que chegou a pedir sua cabeça imediatamente após a Austrália.
“Veio uma força muito grande da Itália. Talvez existam revistas que não consigam vender muito bem no fim do mês e isso talvez ajude a vender um pouco. Quero entrar e sair do carro 100% certo de que fiz o meu melhor. É nisso que estou trabalhando. Tudo o que pedi para a equipe fazer depois da corrida, eles estão fazendo, até porque eu ter um mau resultado é ruim para mim, para eles, para tudo. O que estamos mudando está sendo a coisa certa.”
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