Análise: após pré-temporada, Mercedes reforça favoritismo para F1 2020
Mesmo com problemas de confiabilidade em sua unidade de potência, as Flechas de Prata foram dominantes nos testes de Barcelona
A Mercedes vai para a abertura da temporada 2020 da Fórmula 1 na Austrália como a favorita após os principais testes de pré-temporada. Entretanto, permanecem pontos de interrogação sobre a confiabilidade do motor alemão.
Os testes raramente mostram a realidade completa e isso foi percebido em 2019, quando o desempenho impressionante da Ferrari em Barcelona foi seguido por um início de temporada decepcionante.
No entanto, uma olhada nos números confirma o fato de a Mercedes mais uma vez ser a equipe ser batida no aguardado GP da Austrália, depois de ter superado as rivais em todas as áreas das estatísticas.
Valtteri Bottas deu um sinal precoce da força da Mercedes na semana de abertura, quando fez a volta mais rápida em 1min15s732. Seu tempo permaneceria imbatível na semana seguinte do teste, dando ao piloto meio segundo de vantagem sobre o resto. Veja a tabela:
O segundo melhor piloto foi Max Verstappen, terminando com uma marca 0s537s inferior à registrada pelo líder. Bottas, porém, ainda marcou 1min16s196, de modo que terminou o teste com as duas voltas mais rápidas.
Verstappen conseguiu sua marca com uma simulação de qualificação nos pneus C5 na hora final dos testes, apesar de algumas rodadas com o novo Red Bull RB16, que o holandês garantiu não ter problemas para pilotar.
GALERIA: Veja os carros da temporada 2020 da F1
Embora Lewis Hamilton tenha sido apenas o quinto nos testes, ele liderou o caminho na quilometragem, apesar de alguns contratempos para a nova unidade de potência da Mercedes em 2020.
Mesmo com trocas de motores, Hamilton fez 466 voltas ao longo dos seis dias de testes - o equivalente a algo como sete corridas da F1 - para terminar 20 voltas à frente de Carlos Sainz, da McLaren. Veja a tabela:
Pos | Piloto | Voltas |
1 | Lewis Hamilton | 466 |
2 | Carlos Sainz |
446 |
3 | Charles Leclerc | 442 |
4 | Sergio Perez | 441 |
5 | Valtteri Bottas | 437 |
6 | Max Verstappen | 414 |
7 | Sebastian Vettel | 402 |
8 | Romain Grosjean | 399 |
9 | Daniil Kvyat |
399 |
10 | George Russell | 394 |
11 | Esteban Ocon | 376 |
12 | Pierre Gasly | 370 |
13 | Daniel Ricciardo | 367 |
14 | Alexander Albon | 366 |
15 | Lando Norris | 356 |
16 | Nicholas Latifi | 343 |
17 | Lance Stroll | 341 |
18 | Antonio Giovinazzi | 323 |
19 | Kimi Raikkonen | 300 |
20 | Kevin Magnussen | 250 |
21 | Robert Kubica | 112 |
A Mercedes também liderou a quilometragem na disputa entre as equipes, com Hamilton e Bottas fazendo um total combinado de 903 voltas, 59 a mais que a Ferrari de Sebastian Vettel e Charles Leclerc.
No entanto, uma série de problemas de motor para a Mercedes e a equipe cliente Williams - geralmente relacionados ao sistema de óleo - despertou alguns temores quanto à confiabilidade germânica.
A Williams foi forçada a usar três motores durante os testes, enquanto a Mercedes teve dois problemas separados, levando Hamilton a dizer que a equipe germânica teve uma pré-temporada difícil. Mas não é o que diz a tabela de quilometragem.
Quilometragem das equipes:
Pos | Equipe | km |
1 | Mercedes | 4203 |
2 | Ferrari | 3929 |
3 | McLaren-Renault | 3733 |
4 | Racing Point-Mercedes | 3640 |
5 | Red Bull-Honda | 3631 |
6 | AlphaTauri-Honda | 3580 |
7 | Renault | 3459 |
8 | Williams-Mercedes | 3431 |
9 | Alfa Romeo-Ferrari | 3421 |
10 | Haas-Ferrari | 3021 |
Voltas completadas por motor:
Pos | Motor | Voltas |
1 | Mercedes | 2422 |
2 | Ferrari | 2228 |
3 | Honda | 1549 |
4 | Renault | 1545 |
Já a abordagem da Ferrari através dos testes foi evitar exagerar no desempenho e se concentrar mais em acertar todo o básico a fim de evitar o início decepcionante da temporada do ano passado.
As equipes que mais se superaram em relação a 2019 foram Williams e Racing Point. No caso de Williams, terminar os testes com 737 voltas (comparado a 567 em 19) é uma grande conquista séria. Os dois times foram destaque, como contamos no vídeo abaixo:
A progressão do Racing Point é ainda mais forte. A 'Mercedes rosa' provou ser confiável e rápida, com 782 voltas em seis dias. Sergio Pérez terminou em sétimo na geral, mas ficou a apenas quatro décimos de segundo do melhor tempo de Verstappen.
A empolgação da Racing Point é tamanha que o diretor técnico da equipe, Andy Green, não descartou rivalizar com a Ferrari no começo da temporada. Será que é para tanto? É o que veremos a partir do GP da Austrália.
GALERIA: As melhores imagens da segunda semana de testes de pré-temporada da F1
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