Crise sem fim: novos donos desistem de compra da Caterham

Em nota oficial, o grupo de investidores repassou o controle da equipe para o antigo dono, Tony Fernandes

Fernandes recebeu 'de volta' o comando da Caterham

O futuro da Caterham na Fórmula 1, a cada dia, se torna mais obscuro. Nesta quarta-feira, os novos donos da equipe (um consórcio de investidores da Suíça e do Oriente Médio) anunciaram a desistência da compra e repassaram novamente o comando do time para Tony Fernandes, antigo dono.

[publicidade] Em nota divulgada, os novos donos alegaram que Fernandes e os antigos deixaram de cumprir com todas as obrigações legais para fechar a transferência, firmada em julho deste ano.

“Depois de três meses de operação da Caterham com boa-fé, os investidores agora são forçados a explorar todas as opções, especialmente a desistência de gerar a equipe”, escreveram, os novos donos, em comunicado divulgado no site oficial da Caterham.

O anúncio da desistência acaba seguido pelo repasse do comando do time para Tony Fernandes, que já demonstrou não ter a intenção de seguir dentro da categoria máxima do automobilismo.

“Advogados já foram instruídos pelo grupo para trazer o necessário para todas as partes, incluindo o Sr. Tony Fernandes a quem, como dono, prosseguirá com a operação da Fórmula 1”, completa.

'Presenteado' novamente com o comando da Caterham, Tony Fernandes ironizou os 'novos-velhos' donos no Twitter e respondeu. "Se você compra algo, você tem que pagar. É simples assim", escreveu.

Em grave crise financeira, a Caterham tem recorrido a ‘pilotos de aluguel’ por muitas vezes para conseguir fechar as contas. André Lotterer, piloto de endurance, trabalhou em Spa-Francorchamps como titular, na vaga do japonês Kamui Kobayashi.

Já em treinos livres, o espanhol Roberto Mehri foi quem recebeu chances; ele, que possui grande investimento de empresários russos. Assim, a situação da equipe permanece ainda mais indefinida em relação a 2015.