De olho no GP, Senna prefere poupar pneus e aborta Q3

Em Monza, brasileiro passa novamente para a fase final da tomada de tempos, mas prefere ter um composto extra para corrida do domingo

Quem esperava Bruno Senna para torcer no Q3 ficou decepcionado com a ausência do piloto, que não completou uma volta sequer na parte final da classificação para o GP da Itália.

No entanto, o que o brasileiro da Renault fez foi fruto de uma estratégia para o domingo: consciente de que seria difícil superar os carros da Mercedes, Bruno decidiu guardar pneus para a corrida.

"Sabia que seria difícil andar melhor que a Mercedes na segunda saída do pneu, então decidi poupar. Será melhor, pois todo mundo está com problemas nos pneus, principalmente nos traseiros, e a estratégia é salvar para a corrida", analisa.

Senna também elogiou a performance do companheiro russo, que partirá em sétimo lugar: "O Vitaly salvou pneus. Eu usei dois jogos moles no Q2 e ele, um. Então valeu mais pra ele, pois sair em sétimo é melhor que em nono."

Assim como Spa e passada a emoção do retorno, Senna está feliz em somar pontos na corrida: "A gente estava com um acerto bom. Faltou 'finesse' na volta inteira, para ser perfeita. Tenho uma boa referência, o Vitaly fez uma volta fantástica no Q3. Então, o negócio é estudar e ir para a frente."

"Esta foi minha primeira classificação de verdade. Em Spa, as condições de pista eram complicadas, os pilotos estão mais habituados que eu, e passar ao Q3 me deixa contente. Amanhã a corrida será difícil, mas estou animado com a chance por pontos", completa.

Seu companheiro, Vitaly Petrov, elogiou o trabalho da equipe e se mostrou otimista em relação à corrida.

“Estou muito feliz de ter me classificado em sétimo. A equipe me deu um carro muito bom e parece que adotamos o nível certo de pressão aerodinâmica, ainda que tenhamos de esperar até a corrida antes de ter certeza. Estamos muito, muito felizes de estar com ambos os carros onde deveriam no grid.”

(Colaborou Luis Fernando Ramos, de Monza)