Ao contrário da Bélgica, quando começou sua participação com um acidente, Bruno Senna era só alegria ao término do primeiro dia de treinos para o GP da Itália de F-1.
Com os pés no chão, o brasileiro da Renault, que foi o décimo, logo à frente de Vitaly Petrov, sabe que ainda não atingiu o seu potencial total e do veículo, mas se mostrou satisfeito com o que viu.
"Foi bom, tivemos um ótimo progresso. A intenção era ter uma situação mais tranquila do que em Spa, fazer o maior número de voltas sem erros, que estragassem os pneus do carro. No final, com pneu mole e pouco combustível, consegui um bom tempo de volta", comenta.
"Ainda estou longe do potencial que consigo entregar. Precisamos trabalhar na consistência do acerto e ainda não sei o limite do carro, mas estou animado. O dia foi positivo, e estar perto do Vitaly é uma grande vitória", analisa Bruno, que insiste na tecla da calma e em apostar na realidade para a classificação, que, segundo ele, será a parte mais difícil do sábado.
"Estar entre os dez, mais perto do décimo. Alguns décimos já são posições para a frente, é o tipo de situação animadora. Se a gente trabalhar o acerto, podemos melhorar. A intenção para amanhã é conseguir achar tempo, pois estou fraco no setor intermediário e temos potencial. Estou recomeçando e não adianta ficar desesperado pela pole."
"A classificação será mais difícil, pois em Spa tinha mais folga no molhado. Aqui será apertadíssimo e acertar tudo na volta não será fácil. Será minha primeira classificação no seco, com pressão alta. A corrida será outra história, pois alguns carros tem mais degradação de pneus que outros. Vamos traçar melhor nosso alvo e não adianta querer brigar com Red Bull e Ferrari", completa Senna, que acabou multado em pouco mais de 8 mil euros por ter excedido o limite de velocidade nos boxes.
(Colaborou Luis Fernando Ramos, de Monza)