Entrevista

Diretor revela o maior desafio da Mercedes nas novas pistas do calendário da F1

James Allison, diretor técnico da Mercedes, também falou sobre os problemas que a equipe alemã enfrentou no GP de Portugal

Valtteri Bottas, Mercedes F1 W11

O diretor técnico da Mercedes na Fórmula 1, James Allison, disse que fazer os pneus "cantarem" é o maior desafio quando se vai a uma pista desconhecida. Allison também deu algumas percepções intrigantes sobre os problemas que a equipe enfrentou em Portugal, onde Lewis Hamilton e Valtteri Bottas lutaram por ritmo nas primeiras voltas e foram inicialmente deixados para trás por Carlos Sainz, da McLaren.

Allison disse que foi "muito arriscado" para os pilotos da Mercedes no início da corrida, embora o resultado final tenha sido o esperado, com uma vitória de Hamilton em mais uma dobradinha. Antes da primeira visita da F1 a Ímola desde 2006, Allison também admitiu que os circuitos desconhecidos adicionados neste ano representaram um desafio extra.

Leia também:

“Ir para um novo traçado aumenta a carga de trabalho e adiciona uma camada de incerteza para nós”, disse ele. “Porque não temos uma longa lista de verificação de todas as coisas que podem ter dado errado naquela pista com base no passado, e não temos conhecimento detalhado da maneira como o carro vai se comportar. Felizmente, temos ferramentas de simulação muito boas”.

“Contanto que saibamos como é o asfalto, quão acidentado é e o layout das zebras e da trajetória, podemos ter uma boa estimativa do que precisamos para ir rápido naquela pista. E como qualquer pista, seja um circuito novo ou com o qual estamos muito acostumados, o maior desafio, a maior coisa que faz a diferença se é um final de semana bom ou ruim, é se podemos ou não colocar os pneus realmente cantando para nós”.

"Se conseguirmos fazê-los trabalhar bem na área de trabalho do eixo dianteiro e traseiro, e o carro bem equilibrado, teremos um bom final de semana”.

A questão dos pneus revelou-se complicada em Portugal, onde os dois pilotos da Mercedes começaram com pneus médios e lutaram contra o frio e a garoa no início.

"Foi provavelmente o resultado de vários fatores que se acumularam para produzir uma situação em que um carro que estava decentemente na pole foi repentinamente incomodado por todos os lados por pessoas saqueadoras por trás", disse Allison. “Tudo isso tinha sua raiz no fato de que nossos pneus estavam muito frios”.

“A desvantagem de usar aquele pneu médio é que será mais difícil fazê-lo acordar e funcionar bem quando a pista está fria. A maioria das pessoas atrás de nós estava com o pneu macio. Então, logo de cara eles tinham uma borracha que conseguiria ir mais rápido e acordar mais rápido em uma pista muito fria”.

"No início da corrida, houve uma chuva muito breve que apenas tirou mais temperatura e também aumentou a oleosidade da superfície, o que tornou a aderência ainda mais baixa”.

Allison acrescentou que Hamilton e Bottas também sofreram porque tiveram que esperar mais tempo no grid do que seus rivais: “Quando eles se formam no grid antes da largada, assim que param o pneu está esfriando e as pessoas na pole position e nas primeiras filas do grid permanecem lá por muitos e muitos segundos enquanto a parte de trás do grid ainda está se formando”.

"Então, as pessoas na parte de trás do grid ainda têm pneus quentes, e esse calor diminui gradualmente conforme você se aproxima da frente. Estamos com a borracha média, o que nos dá uma desvantagem imediata neste frio e úmido tempo, e atrás de nós temos carros que ainda estão mais quentes porque ficaram parados por menos tempo”.

“Todas essas coisas contribuíram para que, no início daquela corrida, fosse bastante arriscado por um tempo”.

Allison diz que o frio pode exagerar as lacunas entre os diferentes carros e pilotos: “Muito do que você viu no domingo foi um reflexo do fato de que todo o grid, durante toda a corrida, estava operando no lado frio de onde a aderência máxima poderia ser encontrada nos pneus. Assim, todos com esses pneus estariam um pouco abaixo do tipo de temperatura que desejariam para estar absolutamente zumbindo".

“E isso tem um efeito interessante, porque tende a separar os carros em sua competitividade. Tende a exagerar as diferenças e, de fato, se você olhar a corrida, verá que as diferenças nas posições de chegada foram muito exageradas em relação ao normal”.

“Havia diferenças de tempo de volta muito substanciais entre companheiros de equipe e também entre equipes, com grande parte do grid realmente tomando volta”.

Nova parceria com ThePlayer.com, a melhor opção para apostas e diversão no Brasil

Registre-se gratuitamente no ThePlayer.com e acompanhe tudo sobre Fórmula 1 e outros esportes! Você confere o melhor conteúdo sobre o mundo das apostas e fica por dentro das dicas que vão te render muita diversão e também promoções exclusivas. Venha com a gente!

TELEMETRIA: ‘Fico’ de Gasly, aniversário de Ecclestone e tudo sobre a F1 em Ímola com Rico Penteado

PODCAST: É bom negócio ser companheiro de Max Verstappen na Red Bull?

 

Faça parte da comunidade Motorsport

Join the conversation
Artigo anterior Título de construtores, 'vida' de Albon e cia: o que está em jogo no GP em Ímola
Próximo artigo F1: Williams confirma permanência de Russell após "confusão" em Portugal, fechando porta para Pérez

Principais comentários

Cadastre-se gratuitamente

  • Tenha acesso rápido aos seus artigos favoritos

  • Gerencie alertas sobre as últimas notícias e pilotos favoritos

  • Faça sua voz ser ouvida com comentários em nossos artigos.

Edição

Brasil Brasil