Documentário mostra medo da McLaren em perder Alonso em 2017
Série Grand Prix Driver, que vai ao ar no dia 9, revela toda a tensão da equipe com os problemas enfrentados antes do início da temporada passada
Um novo documentário de bastidores sobre a McLaren revelou o quão genuíno era o temor de que Fernando Alonso poderia abandonar a equipe nas vésperas da temporada de 2017, o que criaria um risco real do time “entrar em colapso”.
A série Grand Prix Driver, narrada por Michael Douglas e produzida por Manish Pandey, que também trabalhou em Senna, irá a público no dia 9 de fevereiro.
Dividida em quatro partes, a série acompanha o progresso da McLaren durante um período difícil na preparação para a temporada de 2017, que tem como clímax a desastrosa pré-temporada em Barcelona, quando as dificuldades da Honda ficaram claras.
Os detalhes das preocupações sobre a situação são vistos em uma reunião depois do teste, quando o diretor esportivo, Eric Boullier, e o diretor de operações, Jonathan Neale, conversam sobre como a equipe poderá avançar após o teste.
Ao falar sobre um jantar que teria com Alonso, o francês mostrou um temor genuíno de que o espanhol poderia sair de cena em meio às dificuldades da Honda.
“Ele vai dizer: ‘Quer saber, pessoal? Ciao, bello’”, diz Boullier. “Ele não vai ficar. Estou 100% certo de que ele não vai ficar...”
Falando posteriormente para a câmera, Boullier acrescentou: “Depois do teste, Fernando está bem irritado. Ele está claramente falando que pode reconsiderar sua posição de competir, porque não quer passar por mais um ano como esse.”
“Minha preocupação principal neste momento é não deixar a equipe entrar em colapso. Também conheço o efeito dominó.”
“Quero dizer, neste negócio, sabemos como as coisas funcionam... Quando somos fracos, as pessoas só procuram quem elas querem. Demoramos anos para construir uma equipe de F1, mas você pode matá-la em seis meses.”
Neale também é visto posteriormente em reunião com a equipe em que discutia o resultado do primeiro teste, dizendo que a performance da Honda havia sido “um choque”.
“Nós passamos do limite. Já chega. Fizemos esse experimento apenas por confiar naquilo que aconteceria. Então, precisamos encontrar uma nova forma, precisamos de um novo plano.”
Uma mosca na parede
Grand Prix Driver também obteve acesso exclusivo aos bastidores da fábrica da McLaren, em Woking, e destacou os desafios enfrentados quando o carro enfrentou atrasos e quando o encaixe do motor Honda se mostrou problemático para o MCL32.
Também há conversas de rádio fascinantes do teste de Barcelona, quando Alonso deixou claro o quão inaceitável era a situação dos motores.
“É perigoso demais andar assim”, disse o bicampeão, após uma volta. “Um equilíbrio horrível com a traseira do carro, porque a dirigibilidade está ruim. Então, não podemos testar assim.”
Ele posteriormente acrescentou: “Isso é realmente um motor de m****. Uma unidade de potência de m****.”
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