Dúvida da Mercedes reacende debate de consumo de óleo na F1
O debate quanto ao consumo de óleo na F1 enfrentou mais uma reviravolta com um pedido de esclarecimento enviado pela Mercedes à FIA.
Quando uma equipe ou fornecedora de motor faz questionamentos à FIA, normalmente ela acredita que uma rival já ganhou vantagem no quesito, ou percebeu uma potencial brecha no regulamento e quer lidar com o assunto antes que os outros sigam essa rota.
Neste caso, a Mercedes disse à FIA que ficaria feliz caso houvesse uma resposta que “circulasse entre todas as fabricantes de unidade de potência”.
A divisão de motores da Mercedes perguntou à FIA se o óleo usado “no sistema de pressão [turbo]” deve cumprir com o Artigo 20 do regulamento técnico, sessão que abrange a definição, propriedades e consumo do óleo.
“O Artigo 20 também confirma que ‘nenhum competidor deve usar mais de um tipo de óleo em um motor durante um evento’.”
A Mercedes também questionou se o óleo do turbo tem de ser considerado dentro do limite de consumo, de 0,6 litro a cada 100 km, que foi introduzido para impedir que as equipes usem o óleo para aumentar a potência do motor.
A FIA respondeu que sim, confirmando que todos os óleos devem cumprir com os pré-requisitos definidos no Artigo 20 e que o turbo é considerado parte do motor.
Na essência, a Mercedes apontou para uma possível brecha na descrição, que poderia ver o turbo como uma parte separada do motor de combustão interna.
A carta original foi enviada à Charlie Whiting, da FIA, por Chris Jilbert, líder do departamento de motores da Mercedes, em Brixworth.
Ele questionou: “Com exceção dos óleos usados no resfriamento dos circuitos do ERS e os óleos hidráulicos usados na unidade de potência (ambos com consumo zero), todos os óleos (especialmente os que são usados no sistema de pressão) da unidade de potência devem cumprir com o Artigo 20?”
A resposta de Whiting foi que “todos os óleos usados no motor devem cumprir com o Artigo 20 do Regulamento Técnico da F1. O turbocompressor é considerado parte do motor”.
O questionamento de Jilbert continuou: “Se a resposta à primeira pergunta for ‘sim’, isso faz com que o uso combinado de óleo de toda a unidade de potência deva respeitar os 0,6 litro a cada 100 km?”
Whiting respondeu com um “sim”.
Apesar dos limites mais restritos, o consumo de óleo continuou sendo um ponto de discórdia neste ano, enquanto que a fumaça que aparece quando o motor da Ferrari é ligado – o que acredita-se estar ligado ao turbo – tem chamado muita atenção.
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